Manifestação

Enfermeiros protestam por concurso público

De acordo com o sindicato da categoria, 90% dos profissionais contratados são terceirizados

Daniel Júnior / Especial para O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

SÃO LUÍS - Enfermeiros realizaram, na manhã de ontem, uma manifestação com o objetivo de exigir ao Governo do Estado um concurso público eficaz para a categoria. A reivindicação ocorreu em frente à sede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), no bairro Calhau, em São Luís.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Maranhão, Ana Léa Coelho, está prevista a abertura de um processo seletivo, mas que não supre a necessidade da categoria. “Vão ser abertas 70 vagas, mas só para enfermeiros especialistas. Porém, são necessários e essenciais profissionais de vários níveis. Queremos a inclusão de vagas para enfermeiros generalistas. A demanda de pacientes é grande”, explicou.

Ainda segundo a presidente da entidade, o Governo do Estado desvaloriza a categoria, porque 90% dos profissionais contratados que atuam nas unidade de saúde do Estado são terceirizados pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). “Do total do efetivo de enfermeiros que trabalham nos hospitais estaduais, não chega a 10% a quantidade de servidores concursados. As condições de trabalho são péssimas. O último concurso foi há 20 anos”, finalizou, com indignação.

Procurada pelo O Estado, a SES informou, em nota, que, inicialmente, o Projeto de Lei que dispõe sobre a criação de empregos no quadro da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh) prevê 70 vagas para enfermeiros especializados, que serão distribuídas de acordo com a necessidade das unidades de saúde da capital e do interior do estado.

A SES disse que mantém diálogo permanente com conselhos e sindicatos sobre as propostas da categoria referente ao concurso. A secretaria acrescentou que a Emserh atualmente agrega a gestão de 70% das unidades de saúde do estado e tem garantido resultados positivos na rede de atendimento.

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