Ação

Abe promete ''medidas contundentes'' contra Coreia do Norte após reeleição

Presidente americano visitará o Japão em novembro e tratará da Coreia do Norte com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

TÓQUIO - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu ontem " contramedidas contundentes" em relação à Coreia do Norte, após a sólida vitória da coalizão governante que lidera nas eleições gerais deste domingo.

"A partir do apoio popular que recebemos, estamos capacitados para pôr em marcha contramedidas contundentes frente à ameaça norte-coreana", disse Abe em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda em Tóquio para avaliar os resultados das eleições antecipadas.

O líder conservador também apontou que o problema da Coreia do Norte será um dos temas principais que tratará com o presidente americano, Donald Trump, durante a visita que este pretende realizar ao Japão entre os dias 5 e 7 de novembro.

"Falei hoje [ontem] com Trump, e decidimos que, quando vier, dedicaremos um tempo significativo para tratar como fazer frente a este desafio", declarou Abe durante a coletiva de imprensa realizada na sede do Partido Liberal Democrata (PLD) em Tóquio.

De acordo com a Casa Branca, Trump felicitou o primeiro-ministro japonês por sua "grande vitória" nas eleições antecipadas de domingo.

Abe acrescentou que discutirá com "outros líderes do leste asiático para encontrar uma solução ao problema "e para "incrementar a pressão sobre a Coreia do Norte", se referindo em particular aos presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping.

"O meu objetivo é garantir que o povo japonês terá segurança em qualquer circunstância", afirmou Abe, que tinha justificado a convocação destas eleições antecipadas pela necessidade de reforçar seu respaldo popular para encarar os desafios lançados pelo regime liderado por Kim Jong-un, bem como para continuar com suas reformas económicas.

Vitória de Abe

O Partido Liberal Democrata conquistou 284 cadeiras e seu parceiro Komeito, 29, o que conjuntamente lhes situa acima dos 310 assentos que formam os dois terços da Câmara Baixa, composta por 465 membros, segundo os últimos dados coletados pela emissora estatal "NHK".

Esta ampla maioria abre o caminho para iniciar o complexo processo de reforma da Constituição pacifista japonesa, uma controversa iniciativa que Abe defende com o objetivo de incrementar as competências nacionais em matéria de Defesa.

"Ganhamos uma forte maioria", destacou o premiê, que expressou a sua vontade de "construir sólidos alicerces e um entorno favorável para o crescimento de Japão".

O líder japonês qualificou de "histórica" a vitória da sua legenda, apesar de ter obtido um número de cadeiras ligeiramente inferior ao das eleições de 2014, e destacou que o triunfo representa "a primeira vez em mais de 50 anos que um partido recebeu um apoio tão continuado dos eleitores".

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