Para inglês ver

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

O governo Flávio Dino anunciou nesta semana, com pompa, que a proposta de Orçamento do governo para 2018 prevê a criação de 931 novas vagas para contratação de pessoal em nove secretarias e órgãos da administração direta e indireta.
As oportunidades, diz o material disparado pela comunicação governamental, serão oferecidas por meio de concursos públicos e seletivos, para nível médio e superior. De acordo com a proposta, enviada à Assembleia Legislativa, haverá investimentos de R$ 67,7 milhões para garantir as novas contratações.
À primeira vista, seria uma ótima notícia, principalmente num momento em que o país ainda busca solidez na recuperação da crise econômica e em que a oferta de emprego é limitada.
Mas, vindo do governo comunista, o anúncio parece ser, novamente, apenas mais uma jogada de marketing para melhorar a imagem de Flávio Dino. E essa afirmação sustenta-se na própria prática da atual gestão.
Desde que assumiu o comando do Estado, o comunista já prometeu diversos concursos e seletivos. E não cumpriu quase nada do que se comprometeu a fazer.
Um exemplo recente é o caso da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh): o governador encaminhou à Assembleia projeto de lei propondo a criação de vagas de empregos no quadro efetivo do órgão.
Ocorre que foi prometido um concurso, agora transformado em seletivo para 1 mil vagas. Isso depois de o governo sequer convocar todos os aprovados de um primeiro seletivo promovido na mesma área. Ou seja: concurso “para inglês ver”.

Casa nova
O ex-secretário de Saúde e ex-deputado Ricardo Murad está de casa nova. Ele deixou o PMDB e filiou-se ao PRP.
A informação foi confirmada na sexta-feira, 20, pela direção do Partido Republicano Progressista (PRP), que diz visar “futuros projetos para o cenário político maranhense”.
- O PRP reconhece a grande importância dessa nova adesão visando a futuros projetos para o cenário político maranhense - diz o comunicado.

Perdeu
O governador Flávio Dino (PCdoB) perdeu mais um embate na disputa pessoal que vem travando com o senador Roberto Rocha (PSDB).
Depois de reclamar porque queria R$ 160 milhões das emendas impositivas da bancada maranhense no Congresso, o comunista teve de se contentar com menos da metade.
Acordo firmado na sexta-feira, 20, confirmou que R$ 70 milhões serão enviados aos municípios via Governo do Estado; os outros R$ 90 milhões passarão pela Codevasf.

Quem manda I
São dois os motivos que levaram o senador Roberto Rocha (PSDB) a buscar apoio do restante da bancada para que parte dos recursos da emenda fosse para a Codevasf.
Por lá, quem manda na diretoria de infraestrutura nacional é o maranhense Marco Aurélio Diniz, indicado pelo tucano.
Além disso, a direção regional do órgão está a cargo de Jones Braga, nome que foi submetido e aprovado por todos os senadores maranhenses antes da nomeação.

Quem manda II
Além disso, Rocha empreendeu esforço para garantir que Flávio Dino (PCdoB) não pudesse colher sozinho os louros por investimentos nos municípios.
Com R$ 160 milhões passando pelo Palácio dos Leões, o tucano acredita que a fatura seria toda colocada na conta do comunista, mesmo a verba sendo federal e indicada por parlamentares.
Agora, certamente, os benefícios - e os resultados deles - serão compartilhados.

Preventiva
O ministro do Superior Tribunal de Justiça Rogério Schietti afirmou na sexta-feira, 20, que quem lida com a liberdade humana jamais pode tratá-la como um assunto banal.
O magistrado proferiu palestra sobre “A Prisão Cautelar na Jurisprudência do STJ”, promovida pela Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) em São Luís.
- Nascemos para ser livres. A prisão é medida excepcional. Temos que analisar, dentro do processo, a absoluta necessidade de decretar a prisão - enfatizou.

Candidatos
A disputa eleitoral de 2018 deverá ter pelo menos seis vereadores de São Luís disputando mandatos na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa ou no Senado.
Já demonstraram interesse em se candidatar Astro de Ogum (PR), Ricardo Diniz (PCdoB), Beto Castro (Pros), Marcial Lima (PEN), Marquinhos Silva (DEM) e Honorato Fernandes (PT).
O primeiro a declarar a intenção de disputar a eleição do próximo ano foi Marquinhos Silva. Ele afirmou que quer ser candidato a senador.

Recuou
O governo Flávio Dino (PCdoB) finalmente desistiu de resistir à pressão e determinou a demolição do “gaiolão da tortura” de Barra do Corda.
O que chamou atenção no caso foi que, na semana passada, acuado diante de críticas, o Executivo soltou nota defendendo a manutenção da estrutura.
Segundo o comunicado oficial, o gaiolão tratava-se, na verdade, de estrutura para “garantir o banho de sol de presos provisórios”. Ou seja: era um benefício. Porque derrubaram, então?

DE OLHO

R$ 1,4 MILHão É quanto o governo comunista deixou de repassar em emendas para o Aldenora Bello, e não “quase R$ 1 milhão”, como anunciado anteriormente

E MAIS

• Pode azedar nas próximas semanas a relação entre o governo Flávio Dino (PCdoB) e o Partido dos Trabalhadores.

• Aliados do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB), andam espalhando que ele trama algum golpe contra o senador Roberto Rocha (PSDB).

• Aliados do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) ainda não desistiram de vê-lo candidato a vice-governador na chapa de Flávio Dino.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.