Dificuldades

Sinalização ineficiente põe em risco a travessia de pedestres

Ausência de semáforos e a precariedade das faixas causam transtornos em vários corredores viários de São Luís; pedestres reclamam da falta de consciência de motoristas, que não facilitam a travessia nas vias

Daniel Júnior/Especial para O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Motoristas não param para pedestres atravessarem
Motoristas não param para pedestres atravessarem

SÃO LUÍS - A falta de semáforos e o descaso com as faixas de pedestres, quase sempre com pintura desgastada, são problemas recorrentes em diversas vias de São Luís. Devido a essa situação, a travessia de pedestres tem se tornado cada vez mais perigosa. Na avenida Edson Brandão, no bairro Anil, por exemplo, as faixas estão apagadas. Na dos Portugueses, no Bacanga, um semáforo foi retirado, no trecho próximo à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e estudantes e trabalhadores têm que aguardar a boa vontade dos motoristas em parar para poder atravessar. Em trecho da Avenida São Marçal, na Jordoa, os veículos dominam, pois na área não há semáforo e nem sinalização horizontal.

A retirada de um semáforo de um trecho da Avenida dos Portugueses, próximo à UFMA e ao 1º Batalhão da Polícia Militar, está causando transtornos para os pedestres. No local, tem uma faixa, mas, de acordo com os populares que necessitam atravessar a avenida, os motoristas só param quando querem. “Sem o sinal de trânsito aqui, a situação está pior, pois a maioria dos motoristas não tem consciência de que precisamos atravessar”, explica o encarregado de operações portuárias Wellington Carlos, de 32 anos.

O estudante Ruan Mateus, de 19 anos, diz que encontra bastante dificuldade para se locomover na área. “É complicado atravessar aqui, por causa da demora. Como não há sinalização, tenho que aguardar que condutores parem os carros”, afirma.

Na Avenida dos Portugueses, O Estado também flagrou motoristas fazendo retornos em local proibido e pedestres atravessando em lugares inapropriados, fora do local onde existe faixa de pedestres.

De acordo com Daniele Alves, de 21 anos, ela sempre atravessa em um trecho fora da faixa de pedestres, porque fica distante da parada de ônibus. “Eu desço todos os dias aqui e não vou lá para aquele outro trecho para atravessar, prefiro aqui mesmo, porque é mais prático. Acho que deveria ter um semáforo e uma faixa em frente às paradas”, justifica a estudante.

Mais reclamação

Na Avenida Edson Brandão, no trecho que fica próximo a uma instituição de ensino superior e um estabelecimento comercial, além da ausência de um sinal de trânsito, a faixa está apagada. “Os motoristas não respeitam quando vamos atravessar. Os motociclistas são piores. E o pior é que a faixa de pedestre quase não existe mais”, afirmou a auxiliar de serviços grais Bernadete Oliveira, de 53 anos, que necessita circular na via todos os dias.

[e-s001]Em uma parte da Avenida São Marçal, na Jordoa, os pedestres não têm acesso nem a faixa de pedestre e nem a sinalização eletrônica. “Antes, aqui tinha uma faixa, mas depois de uma renovação do asfalto não fizeram mais. Já que aqui tem uma grande movimentação de pessoas, por causa das escolas e comércios, o essencial também é um semáforo”, sugeriu a aposentada, de 76 anos, Ozenilde Silva Costa.

SAIBA MAIS

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou, em nota, que o semáforo retirado na Avenida dos Portugueses será reposto, em breve. Em relação às vias com problemas de sinalização, a SMTT comunicou que disponibiliza agentes de trânsito em viaturas para fiscalizar o trânsito nos trechos citados, ajudando no controle e disciplinamento. E acrescentou que os trechos já estão inseridos no cronograma de sinalização que está sendo executado
na capital.

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