Saúde

Saiba por que fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama

Número de mamografias aumenta em 37% no país; recurso é considerado eficaz para prevenção da doença; especialista esclarece dúvidas sobre o exame

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
(câncer de mama)

SÃO PAULO - O Outubro Rosa, criado na década de 1990, é um movimento mundial de luta contra o câncer de mama. Anualmente, 1,4 milhão de mulheres em todo o mundo são afetadas pela doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), só este ano, o Brasil teve mais de 57 mil novos casos diagnosticados. Até 2020, mais de 1,7 milhão de casos deverão ser identificados anualmente.

A fim de chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce da doença, o médico José Michel Kalaf, membro da Comissão de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), esclarece as principais dúvidas sobre a mamografia. Confira a seguir.

Como funciona?

O exame de mamografia funciona como uma espécie de radiografia da mama, capaz de detectar tumores que nem as mulheres nem os médicos conseguem perceber a olho nu. Esses tumores são os chamados de impalpáveis, geralmente são menos agressivos e com chances de cura quando diagnosticados e tratados de forma adequada. É importante ressaltar que a mamografia é um método radiológico aprimorado de estudo de partes moles, com equipamento adequado para avaliação seletiva das mamas.

Quando deve ser feita?

É aconselhável sim. No Brasil, segundo dados científicos - com avaliação estatística e demográfica -, é recomendável que o exame de mamografia seja realizado anualmente a partir dos 40 anos, ainda que em outros países o teste geralmente seja feito a partir dos 50 anos.

Há contraindicação?

A mamografia não tem contraindicações. Apenas pacientes com mamas densas e com próteses de silicone merecem atenção especial.

No caso de homens

A incidência de câncer de mama no sexo masculino é pequena. Para cada mil casos, apenas um é diagnosticado em homens. Com isso há indicação para realização do exame em casos muito específicos e clinicamente bem definidos.

Quais os tipos?

Há dois tipos basicamente: a primeira delas é a mamografia com sistema cr que é a digital indireta. Ela utiliza equipamento convencional em placas específicas que armazenam a imagem que depois é processada.

A segunda é a mamografia digital com aquisição direta, sistema totalmente digital no qual o sensor que captura a imagem está incorporado ao aparelho. Altamente, sofisticado e com computação avançada, ela possibilita exames com elevada qualidade e facilita a introdução de sistemas adicionais como tomossíntese e mamografia com contraste.

Prevenção

Diante do cenário atual, com altos índices do câncer de mama no Brasil e no mundo, o auto-exame continua sendo um importante recurso para o diagnóstico precoce da doença. De acordo com pesquisa realizada pelo Inca, em 66,2% dos casos de câncer de mama, a própria mulher detecta os primeiros sinais da doença.

Após a identificação suspeita, é importante que a paciente consulte seu médico para realizar exames preventivos como, por exemplo, a mamografia, que torna-se junto com as demais opções de exame (ultrassom, ressonância magnética, biopsia), um eficaz recurso para o diagnóstico precoce da doença. “A mamografia é um importante recurso para detecção precoce. São poucos segundos que podem salvar vidas”, ressalta dr. Kalaf.

Tecnologia

A tecnologia exerce um papel fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce da doença. No caso do câncer de mama, existem soluções que permitem a detecção de tumores com antecipação suficiente para que as pacientes possam se beneficiar de tratamentos menos traumáticos e invasivos, aumentando muito as chances de cura.

O ano de 1913 foi considerado o marco inicial da mamografia quando o cirurgião alemão Albert Salomon realizou radiografia das mamas após a mastectomia em um estudo sistemático. Já, em 1927, foi realizada a primeira mamografia do mundo de uma paciente, pelo cirurgião Otto Kleinschmidt em “Die Klinik der Bösartigen Geschwulste” (avaliação clínica de tumores malignos). Aproximadamente 30 anos depois, em 1957, a Universidade de Heidelberg, na Alemanha, desenvolveu o primeiro estudo sistemático sobre exames de mama.

Em 1972, para auxiliar na luta contra o câncer de mama, a Siemens desenvolve o Mammomat. Pioneira nos cuidados com a saúde, a companhia tem desenvolvido soluções para avaliação de risco, prevenção, diagnóstico, terapia e cuidados posteriores.

A linha Mammomat da Siemens evoluiu e está na sua décima versão. O equipamento de mamografia digital Mammomat Inspiration Prime é o que há de mais moderno no mercado. A solução de diagnóstico realiza a captura de imagens e permite a redução de até 30% da dose de radiação, sem comprometer a qualidade do exame. Este equipamento pode realizar a tomossíntese, um exame que faz aquisições de múltiplas imagens da mama em diferentes ângulos. Dessa forma, é possível fazer uma avaliação tridimensional da mama, melhorando o resultado do diagnóstico.

SAIBA MAIS

Aumento no total de exames

De acordo com Inca, número exames passaram de 1,6 milhão para 2,2 milhões, no comparativo entre o primeiro semestre de 2010 e 2016

Tecnologia tem sido grande aliado para combate da doença. Conheça um pouco da evolução da mamografia

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.