Delação

Pós-delação de Funaro, Dilma quer anular impeachment

Ex-presidente quer mostrar que seu afastamento foi comprado pelos seus adversários

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

BRASÍLIA - O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse, nesta segunda-feira, 16, que a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff usará a delação do operador financeiro Lúcio Funaro para pedir a anulação do impeachment.

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), Funaro afirma que a destituição de Dilma foi comprada na Câmara pelo então presidente da Casa, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), em votação ocorrida em abril do ano passado.

Segundo o doleiro, Cunha pediu R$ 1 milhão para repassar a parlamentares para que estes votassem a favor do impeachment. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) teria sido um dos beneficiários da propina.

O parlamentar, que faltou à sessão que votou o impeachment, nega a informação.

Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR), o operador financeiro Lúcio Funaro afirma que repassou R$ 1 milhão ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que o então presidente da Câmara, atualmente preso em Curitiba, comprasse votos de outros parlamentares para aprovar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Ele me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo", disse Funaro, acrescentando que recebeu mensagem de Cunha dias antes da votação do impeachment, ocorrida em 17 de abril de 2016.

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