SÃO LUÍS - Fardas de carteiros e malotes postais que seriam jogados no lixo viram peças de arte e geram renda para mulheres que estão fora do mercado de trabalho formal e em vulnerabilidade social. As peças são reutilizados e se transformam em tapetes, chaveiros, estojos, bolsas femininas, almofadadas, saquinhos de lixo para automóveis, entre outros objetos, os quais são comercializados. O resultado do projeto intitulado EcoPostal, que é uma parceria entre os Correios e a Associação das Mulheres de Paço do Lumiar, foi exposto nesta segunda-feira, 16, na sede do órgão, no centro de São Luís.
A artesã Rosa Silva de Souza, de 49 anos, explica que antes passava o dia inteiro em casa e atualmente a sua rotina é bem mais proveitosa. “Hoje aprendo e também ensino a confecionar as peças de artes e ainda consigo uma renda. Antes eu passava o dia todo em casa sem perspectiva de trabalho. O artesanato que eu fazia não era visto”, disse Rosa.
De acordo com o superintendente estadual dos Correios, Ricardo Melo Sousa Barroso, a proposta é causar menos impacto ambiental e gerar fonte de renda. “Nosso objetivo principal é gerar o menor impacto ambiental possível, mas o projeto EcoPostal também tem um lado social, de gerar renda às comunidades com a doação de itens que teriam como destino o aterro sanitário”, explicou Ricardo Barroso.
“O projeto EcoPostal proporciona uma valorização dos trabalhos das mulheres artesãs e a inclusão delas no mercado de trabalho”, finaliza a presidente da Associação das Mulheres de Paço do Lumiar, Rosinélia Ribeiro de Almeida.
Projeto nacional
O EcoPostal surgiu em 2003, em iniciativas regionais dos Correios. Desde 2013, com o lançamento do Sistema de Gestão Ambiental dos Correios (SGAC), o EcoPostal é uma ação desenvolvida corporativamente em todo o país.
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