Transporte

Usuários reclamam de insegurança em pontos de “carrinhos” na capital

Falta de segurança nos locais em que são oferecidos os serviços aumenta o risco de assaltos e de confusões entre motoristas, como ocorreu no dia 3

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
“Carrinhos” formam fila de espera em um dos pontos de parada, localizado no centro de São Luís
“Carrinhos” formam fila de espera em um dos pontos de parada, localizado no centro de São Luís (carrinho)

SÃO LUÍS - A ausência de um policiamento mais efetivo em determinadas áreas do Centro e adjacências, além de elevar os riscos à população, que constantemente é alvo de ações delituosas, também acirra os ânimos e as divergências entre motoristas que oferecem serviços de transporte de passageiros. No dia 3 deste mês, por disputa de clientes, um taxista identificado como Jesus Aquiles matou com vários tiros e em plena luz do dia um motorista de taxi-lotação identificado como Ivaldo Gomes de Sousa, de 45 anos.

O Estado percorreu dois pontos conhecidos de grande aglomeração de veículos-lotação na sexta-feira, 13, e constatou que as reclamações acerca da falta de segurança são recorrentes. Alguns passageiros também relataram que, de forma constante, motoristas que disputam o mercado de transporte de pessoas costumam discutir durante o exercício da função nas ruas e avenidas.

“Uma vez, eu fui pegar um carrinho e o outro que estava na frente deste achou que dava sinal para ele. Os dois motoristas discutiram e quase eu não peguei nenhum dos dois carros”, disse Maria das Graças Ribeiro, doméstica, que usa os serviços dos carrinhos diariamente.

Um dos pontos mais conhecidos e de maior concentração de “carrinhos” em São Luís é o Anel Viário, em frente ao antigo terminal de passageiros (ao lado da Passarela do Samba). No local, apesar da fiscalização presente dos veículos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), os motoristas atuam livremente e sem qualquer controle.

Para tentar organizar a prática, alguns motoristas articulam uma espécie de fila de espera, para evitar brigas por passageiros. Questionados sobre os conflitos entre eles em busca por passageiros, nenhum dos motoristas quis falar sobre o assunto.

“Uma vez eu fui pegar um carrinho e o outro que estava na frente deste achou que dava sinal para ele. Os dois motoristas discutiram e quase eu não peguei nenhum dos dois carros”Maria das Graças Ribeiro, doméstica

Para evitar entrar em conflito entre motoristas dos “lotação”, o auxiliar de serviços gerais Geraldo Dantas, de 34 anos, disse que usa uma tática: ele costuma pegar a condução para ir até a sua residência, no Gapara, no mesmo local. “E sempre procuro pegar o primeiro carro que vem, até para chegar logo em casa. Eu não quero me meter em confusão de motorista de carrinho, não”, disse.

Concorrência
O Município não informou a quantidade de “carrinhos” que realizam o transporte de passageiros na capital maranhense. O serviço costuma dividir opiniões entre aqueles que apoiam o transporte, neste caso a população que usa diariamente a estrutura dos coletivos da capital maranhense. Ou ainda determinadas categorias, como a dos taxistas, que questiona a validade dos “carrinhos”.

Polícia
Procurada por O Estado, a Polícia Militar do Maranhão (PM) informou que rondas são feitas diariamente nas áreas do Centro e adjacências, coibindo qualquer tipo de prática delituosa.

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