SÃO LUÍS - A ausência de um policiamento mais efetivo em determinadas áreas do Centro e adjacências, além de elevar os riscos à população, que constantemente é alvo de ações delituosas, também acirra os ânimos e as divergências entre motoristas que oferecem serviços de transporte de passageiros. No dia 3 deste mês, por disputa de clientes, um taxista identificado como Jesus Aquiles matou com vários tiros e em plena luz do dia um motorista de taxi-lotação identificado como Ivaldo Gomes de Sousa, de 45 anos.
O Estado percorreu dois pontos conhecidos de grande aglomeração de veículos-lotação na sexta-feira, 13, e constatou que as reclamações acerca da falta de segurança são recorrentes. Alguns passageiros também relataram que, de forma constante, motoristas que disputam o mercado de transporte de pessoas costumam discutir durante o exercício da função nas ruas e avenidas.
“Uma vez, eu fui pegar um carrinho e o outro que estava na frente deste achou que dava sinal para ele. Os dois motoristas discutiram e quase eu não peguei nenhum dos dois carros”, disse Maria das Graças Ribeiro, doméstica, que usa os serviços dos carrinhos diariamente.
Um dos pontos mais conhecidos e de maior concentração de “carrinhos” em São Luís é o Anel Viário, em frente ao antigo terminal de passageiros (ao lado da Passarela do Samba). No local, apesar da fiscalização presente dos veículos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), os motoristas atuam livremente e sem qualquer controle.
Para tentar organizar a prática, alguns motoristas articulam uma espécie de fila de espera, para evitar brigas por passageiros. Questionados sobre os conflitos entre eles em busca por passageiros, nenhum dos motoristas quis falar sobre o assunto.
“Uma vez eu fui pegar um carrinho e o outro que estava na frente deste achou que dava sinal para ele. Os dois motoristas discutiram e quase eu não peguei nenhum dos dois carros”Maria das Graças Ribeiro, doméstica
Para evitar entrar em conflito entre motoristas dos “lotação”, o auxiliar de serviços gerais Geraldo Dantas, de 34 anos, disse que usa uma tática: ele costuma pegar a condução para ir até a sua residência, no Gapara, no mesmo local. “E sempre procuro pegar o primeiro carro que vem, até para chegar logo em casa. Eu não quero me meter em confusão de motorista de carrinho, não”, disse.
Concorrência
O Município não informou a quantidade de “carrinhos” que realizam o transporte de passageiros na capital maranhense. O serviço costuma dividir opiniões entre aqueles que apoiam o transporte, neste caso a população que usa diariamente a estrutura dos coletivos da capital maranhense. Ou ainda determinadas categorias, como a dos taxistas, que questiona a validade dos “carrinhos”.
Polícia
Procurada por O Estado, a Polícia Militar do Maranhão (PM) informou que rondas são feitas diariamente nas áreas do Centro e adjacências, coibindo qualquer tipo de prática delituosa.
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