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Armas: o debate lá e aqui

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
AS EXPOSIÇÕES de bonecas de Maria Mendonça sempre geram muita expectativa e a deste ano promete muito sucesso
AS EXPOSIÇÕES de bonecas de Maria Mendonça sempre geram muita expectativa e a deste ano promete muito sucesso (PH01)

Cada massacre que ocorre nos Estados Unidos reacende lá e aqui o debate sobre a liberação da posse e do porte de armas em terras tupiniquins. Há os que alegam que somente um bonzinho armado conseguirá proteger você de um malvado também armado. Por outro lado, há os que defendem a tese que armas são iguais a carros, quanto maior o número em circulação, maiores as chances de ocorrerem acidentes. Controlar o uso de armas é muito mais prudente.

No Caminho de Santiago
Certa vez, numa entrevista para a TV, o escritor brasileiro Paulo Coelho contou das escolhas, percalços e lições de uma viagem que vai além de uma mera caminhada: o Caminho de Santiago de Compostela que, segundo ele, foi uma maratona espiritual transformadora,
Depois de 670 quilômetros, chegou a Santiago, feliz e realizado. E foi diretamente para o Centro Internacional de Acolhimento ao Peregrino, onde recebeu a Compostela (um documento outorgado pelas autoridades eclesiásticas que certifica ter o peregrino completado pelo menos 100 quilómetros a pé ou a cavalo do Caminho de Santiago). Com o diploma nas mãos, foi assistir a missa dos peregrinos.
Segundo ele, foi uma cerimônia linda, na qual até chorou. Mas estava em profunda paz ao perceber que as pedras, as flores e os mistérios de Santiago haviam revitalizado sua fé e sua gratidão pela vida. Ele havia sido acolhido e tinha certeza de que em nenhum momento da caminhada esteve sozinho.

No Caminho 2
A ideia de encontrar a felicidade nos acompanha, mesmo que a gente não perceba – a cada viagem, a cada aventura, em cada pequeno recanto, a cada romance. Quem viveu uma experiência assim, afirma que fazer o Caminho de Santiago é diferente: carece de propósito. É uma peregrinação, um despegar do que temos em busca do que somos.
Fazer o Caminho de Santiago exige preparação. Afinal, é um desafio físico em primeiro lugar, mas vai além. Cansaço, dores no corpo, bolhas e feridas nos pés são a rotina do caminhante, mas não os únicos problemas.
Desapegar das coisas materiais faz o peregrino compreender que a gente só precisa do essencial. E essa é uma das lições do Caminho: descartar aquilo que nos pesa também na alma e no coração.
Assim, mais leves, as pessoas se aproximam da sua própria natureza ao longo desse exercício que é solitário mesmo que elas viajem acompanhadas.

No Caminho 3
Quem está vivendo, há vários dias, essa experiência transformadora é o maranhense Fernando Nesello, que até ontem já tinha percorrido mais de 300 quilômetros, andando por cidades, vilas, estradas e matas, e equilibrando espiritualidade com prazer e alegria.
Entre os peregrinos reencontrou uma antiga amizade: Naiara Wiethaueper, viúva do nosso saudoso amigo Rubens Wiethaueper, que foi uma das vítimas fatais do trágico acidente aéreo da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Quando morou em São Luís, Naiara era grande amiga dos Nesello.
Em contato com seus familiares em São Luís, Fernando não esconde o seu entusiasmo por atravessar cidades medievais, subir montanhas inacreditáveis, tomar vento e chuva.
Ele diz que espera caminhar sem parar até chegar a Santiago e viver a emoção de pisar no chão da praça do santuário, com o vitorioso sentimento de ter superado cada etapa. E voltar para casa, renovado e feliz.

Fica a dica...
Leitor da coluna, em rasante por Nova York, repassa a dica gastronômica do outono na Big Apple.
Trata-se do cachorro quente de lagosta, que pode ser apreciado no Luke's Bar, na praça de alimentação que fica no subsolo do lendário Hotel Plaza, com acesso ao público pela rua 58.
A receita é simples: pão de fatia tostado na manteiga, servido dobrado e recheado com generosa porção de cubos de lagosta, em molho com especiarias.
Por US$ 18, é (quase) um almoço!

Vamos, Chile!
A seleção Argentina vai de mal a pior. Empatou com o Peru quinta-feira em Buenos Aires e terá que torcer desesperadamente para o Brasil vencer o Chile nesta terça-feira em São Paulo para ter ainda maiores chance de ir para a Copa do Mundo na Rússia, razão pela qual todo brasileiro está torcendo para o Tite convocar e escalar o Muralha no gol da Seleção.

TRIVIAL VARIADO

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais abre uma frente vigorosa que precisa servir de modelo: critica o excesso de benefícios concedidos a alguns setores da economia e alerta que a população deve conhecer em detalhes o que acontece nessas negociações.

A plataforma online (www.inomes.com.br) tem sido a solução para dirigentes políticos que querem eliminar a palavra Partido das siglas. Utiliza metodologia fácil e rápida para criar o nome ideal de um negócio, serviço ou produto.

Glênia Gentil (leia-se O Boticário) passou o fim de semana em Paris, a caminho de Lisboa, onde vai ultimar os preparativos para a mega festa de comemoração dos
70 anos de Antonio Gentil, dia 20 de outubro, no hotel Palácio do Governador.

Verdade seja dita: os programas de propaganda de partidos políticos em rádio e TV têm utilidade idêntica a buzina em aviões.

No dia 7 de outubro do próximo ano, os brasileiros irão às urnas para decidir sobre o futuro. Será a chance. O jornalista Fernando Gabeira definiu em uma frase: “Só mesmo em 2018 a sociedade poderá responder a tantos anos de ultraje.”

Os prefeitos maranhenses que ainda vão a Brasília em busca de alguns trocados, voltam desanimados: o Ministério das Cidades, com orçamento de 6,6 bilhões de reais para este ano, liberou apenas 1,8 bilhão de reais até setembro.

DE RELANCE

Domingo no Gaia
O Gaia Restaurante, agora com administração de Cláudia Vaz, teve um fim de semana dos mais movimentados. No domingo, Karla Patrícia e Augusto Diniz (TVN) comandavam a maior mesa do almoço. Outro grupo animado reunia Lucy e Guto Guterres com a filha e o genro e o amigo Antonio José Soeiro. Frequentadores constantes do local, Iracema e Cleon Furtado assinavam o ponto com o filho, arquiteto Ricardo Furtado.

Domingo no Gaia 2
Ainda no Gaia: o diretor geral da FACAM, César Bandeira (sem Thatiana, que está visitando o Chile) com os amigos Malu e Miécio Dias. Silvana e João Guilherme de Abreu almoçavam em outra mesa. Uma grande alegria foi rever o médico José Victor Abdalla, que eu não via há muitos anos, embora sempre morando nesta mesma cidade. Ele e a esposa dividiam mesa com o casal Antônio José Britto (ele, ex-Secretária da Fazenda no Governo João Castelo).

Cidades desprotegidas
Há alguns anos, pesquisa mostrou que mais da metade dos moradores do Centro de São Luís tinham medo de sair às ruas durante a noite. Era época em que ainda havia policiamento. Pesquisa Datafolha, divulgada sexta-feira, mostrou que sete entre cada 10 moradores do Rio de Janeiro querem deixar a cidade devido à violência. Aqui, há meses a insegurança tomou conta da cidade. Os assaltantes continuam agindo livremente. A maioria das vítimas
nem registra mais em delegacias porque já sabe que os inquéritos não andarão.

O tempo passa
Com poucas referências, a Constituição Federal completou 29 anos na última quinta-feira. Deveria traçar rumos para o crescimento econômico e conquistas sociais. Não chegou a tanto. No decorrer do período, o País viu a prática da má fé, da torpeza e da desonestidade política. Sem contar que falta regulamentar a metade dos artigos.

A tendência é piorar
Até a campanha de 2016, partidos com pelo menos nove deputados federais tinham direito de participar dos debates dos candidatos em rádio e TV. Entre as mudanças aprovadas na semana passada, caiu a exigência para cinco congressistas, somando senadores e deputados federais. Com o número de participantes nos programas aumentando, ouvintes e telespectadores continuarão acompanhando respostas de dois minutos para cada pergunta. Quer dizer, ficarão sem aprofundamento e respostas incompletas dos candidatos.

Prefeitos em Brasília
É intensa a revoada de prefeitos de todo o País em Brasília. Tudo por conta da nova safra de emendas parlamentares que o governo vai disponibilizar, de acordo com a lei, para deputados individualmente e para bancadas estaduais. Leitor desta coluna conta que na semana passada cruzou com dezenas de prefeitos maranhenses em Brasília em busca desta safra de recursos extra-orçamento.

Custo das campanhas
Ao se manifestar em plenário sobre o custo das campanhas, o relator justificou que hoje não se torna mais necessário o emprego de profissionais de comunicação. É que, segundo ele, chega-se à conclusão de que, diante das novas tecnologias na questão de imagem externa como redução de custos, não era mais o caso, porque todos nós aqui hoje somos demandados pela mídia brasileira. Às vezes você está lá na China, grava um vídeo no celular, manda para cá, e ele é veiculado aqui na televisão com alta tecnologia e precisão.

Custo das campanhas 2
A propósito: aquelas mobilizações anteriores de equipes de cinegrafistas, de máquinas pesadas e caríssimas e passagens de avião não são mais necessárias. Hoje está muito barato fazer televisão com baixo custo. Os partidos estão deixando de usar profissionais, tanto que esses partidos tem feito programas cujo custo, podemos dizer na linguagem popular, tem saído por preço de banana. Para o último programa nacional do PT, por exemplo, o partido contratou estudantes de cinema que fizeram um programa de alta qualidade.

Vale refletir com Platão:
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”.

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