Toma lá...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

O governador Flávio Dino (PCdoB) começou, finalmente, a fazer gestos para os partidos aliados. Na última semana, o comunista nomeou dois petistas - delegado Lawrence Melo e a ex-deputado Teresinha Fernandes - para cargos no primeiro escalão do governo, como forma de cumprir acordos há muito feitos e que nunca tinham sido colocados em prática.
O gesto de Dino é uma reação à perda que ele obteve com a volta do senador Roberto Rocha ao PSDB e ao provável desfalque que terá quando o PSB for para o rol de alianças dos tucanos em apoio à candidatura do senador ao Governo do Estado, em 2018.
Para os aliados, além de dar sinais de reciprocidade do interesse pela aliança com o PT, Flávio Dino começa a retirar o rótulo de político eclético (sem qualquer ideologia, na verdade) em nome de seu projeto de poder.
“Agora, ele dará importância aos nossos partidos, que estão focados no fortalecimento do campo da esquerda”, têm dito alguns petistas.
Mesmo com todo o discurso, na prática mesmo o governador comunista está tentando não perder mais aliados, já que partidos como o DEM, PP e PTB, por exemplo, não podem ser contabilizados como membros da coligação de Dino para 2018.
E a promessa é que nos próximos meses outros aliados - como, por exemplo, o deputado Josimar de Maranhãozinho - sejam contemplados.
É Dino agindo antes que acabe como o ex-prefeito João Castelo, sozinho, sem partidos que sustentassem sua candidatura à reeleição em 2012, cujo resultado todos sabem: a derrota.

Papel
A articulação para a chegada do delegado Lawrence Melo na MOB e de Teresinha Fernandes, na Secretaria Especial da Mulher, foi basicamente do presidente do PT em São Luís, Honorato Fernandes.
Era ele quem havia tomado à frente das conversas com os comunistas após não avançar o diálogo estabelecido pelo ex-presidente estadual do partido, Raimundo Monteiro.
Fernandes aproveitou o papel que desempenhou na eleição do candidato que os governistas queriam para comandar o PT no Maranhão e abriu o canal de negociação com os comunistas.

Reclamação
Enquanto o grupo do presidente petista vai crescendo, a ala comandada por Raimundo Monteiro reclama da falta de espaço para os aliados no governo Dino.
Monteiro negociou, negociou e não conseguiu garantir todos os espaços na gestão dos comunistas.
Mas também, pelo perfil vingativo do governador e seus asseclas, os aliados de Monteiro, que foram nomes do PT na gestão passada, nunca conseguiriam mesmo qualquer espaço no atual governo.

Eleição
O PV Jovem do Maranhão elegeu na sexta-feira, 6, a comissão que vai coordenar os rumos da militância no estado pelos próximos dois anos.
Marcelo Pereira da Silva, de Timon, foi eleito presidente. Ele foi o candidato de consenso escolhido durante o II Encontro da Juventude Verde do Maranhão.
O deputado Adriano Sarney é o maior incentivador o PV Jovem. Segundo ele, a juventude precisa ter um projeto político bem definido e ser compromissada com o desenvolvimento do Maranhão.

Pressão
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Astro de Ogum (PR), anda reclamando de perseguição política e judicial nesse segundo mandato no comando da Casa.
Ogum tem falado a aliados que os órgãos de fiscalização não têm dado trégua ao Legislativo Municipal.
As investidas do órgão de controle, ao ver aliados do presidente, serve somente para pressionar o vereador a não tentar a reeleição à presidência da Câmara em 2018.

Assustado
A última pressão, segundo contam aliados de Astro de Ogum, foi uma notícia falsa que dava conta de uma operação da Polícia Civil que prenderia sete vereadores.
Por meio das redes sociais, a informação vinha sendo repassada até com o nome da tal operação, Saravá.
Depois de todo o boato, Astro reuniu-se com aliados para saber a dimensão da notícia falsa e tentar, também, descobrir de onde partiu a informação.

Fora das redes
Tanto o corregedor-geral do Ministério Público do Estado do Maranhão, Eduardo Nicolau, quanto o promotor de Justiça, Paulo Roberto Barbosa Ramos, resolveram sair de cena nas redes sociais.
Motivo: a avalanche de reações negativas à falta de serenidade de ambos.
Ramos e Nicolau não sabiam se comportar socialmente ao manusear esse tipo de ferramenta disponibilizada aos internautas.

DE OLHO
R$ 17 milhões Foi o valor que o governador Flávio Dino retirou, por meio de decreto, do Bolsa Escola para encaminhar à Secretaria Estadual de Infraestrutura.

E MAIS

• O prefeito Edivaldo Júnior não consegue estabelecer um diálogo com os vereadores de São Luís, que vivem reclamando da relação frágil do Executivo com o Legislativo.

• Para deputados da oposição, o governo Flávio Dino arma para aumentar ainda mais impostos no Maranhão.

• Daqui a exatamente um ano, os eleitores retornarão às urnas para eleger presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.

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