SÃO LUÍS - Os moradores do Residencial Santo Antônio (construído pelo Minha Casa, Minha Vida e situado na zona rural de São Luís, nas proximidades do bairro Maracanã) realizaram ontem, por mais de 12 horas, um protesto que interditou as principais vias de acesso à localidade. Durante a manifestação, que começou às 4h de ontem, foram solicitados ao poder público os serviços de asfaltamento da entrada da comunidade e a inclusão de creche e posto de saúde no local.
Com pedaços de madeira e pneus, os manifestantes atearam fogo e impediram a saída dos coletivos da localidade. Os moradores exigiam a presença de um representante da Prefeitura de São Luís, o que não ocorreu durante toda a manhã de ontem. À tarde, um representante do Município esteve no residencial para negociar com os manifestantes.
“Vamos conversar inicialmente sobre as demandas para, a partir dos pedidos, partir para as providências”, disse Milton Calado, secretário-adjunto de Governo do Município de São Luís.
Após quase uma hora de negociação, o representante municipal se prontificou a encaminhar as solicitações dos moradores ao prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior. Questionado sobre a responsabilidade da construção de creche e posto de saúde no Residencial Santo Antônio, o secretário-adjunto do Governo Municipal disse a O Estado que, neste caso, cabe à Caixa a inclusão dos serviços.
“Neste caso, o poder público tem a obrigação de entregar os imóveis. Mas a inclusão destes serviços, que deve estar garantido no projeto-executivo, é da Caixa”, disse. Procurada até o fechamento desta edição, a direção da Caixa não se manifestou sobre o assunto.
Insatisfação
Mesmo com a negociação com o poder público, os moradores do Residencial Santo Antônio estão insatisfeitos com a estrutura oferecida a eles na localidade. “Além destes problemas, ou seja, a gente não tem para onde levar nosso filho doente, também contamos com esgoto jorrando na nossa porta”, disse Wendell Santos Gusmão, auxiliar de serviços gerais.
A empregada doméstica e dona de casa Ionayra Carvalho, que também mora no Residencial Santo Antônio, disse que as mobilizações quanto a melhorias na comunidade deverão ocorrer, nas próximas semanas.
“Vamos continuar atentos às promessas, aguardando melhorias. Caso contrário, iremos protestar novamente”
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Sobre o residencial
O Residencial Santo Antônio foi entregue há dois anos, com aproximadamente 720 casas, e faz parte da série de investimentos do Governo Federal que destina habitações às famílias carentes. Apesar dos investimentos, são recorrentes as reclamações nestas comunidades sobre a ausência de infraestrutura mínima que atenda às necessidades da população.
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