Sarney Filho

“Vou priorizar minha eleição ao Senado”, diz Sarney Filho ao citar possível saída do PV

Ministro do Meio Ambiente disse a O Estado que deixará a legenda se isso for condição para viabilizar sua candidatura

Gilberto Léda - Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

O ministro do Meio Ambiente, deputado federal Sarney Filho, reafirmou na sexta-feira, 29, durante entrevista exclusiva a O Estado, que se for necessário, deixará mesmo o Partido Verde para disputar as eleições de 2018.

O parlamentar é pré-candidato a senador e recentemente decidiu ir de encontro a uma decisão da cúpula partidária, que oficializou a saída da base de apoio ao presidente Michel Temer (PMDB), anunciando postura independente no Congresso.

“Eu tenho uma história vinculada ao PV, é um partido que tem muita ligação histórica com minha vida, com meu desempenho. Mas é evidente que chegou um momento em que minha prioridade é servir ao Maranhão como senador. Eu estou priorizando a minha eleição, acima de tudo. Quando estiver próximo, para que eu possa ter mais espaço, ter melhores condições de disputar a eleição para o Senado, se eu achar que é preciso sair do PV, com dor no coração eu irei sair”, disse, sem comentar qual seria o destino.

O ministro lembrou sua atuação na Câmara, como líder e na votação de importantes projetos, mas ressaltou que, agora, pretende estar no Senado para “grandes discussões nacionais” que estão por vir.

“Eu não posso me negar, num momento como esse, momento difícil da vida nacional, de participar, no Senado, das grandes discussões nacionais e, ao mesmo tempo, de garantir o espaço do Maranhão para o desenvolvimento”, comentou.

Comparação

Sem citar o nome do governador Flávio Dino (PCdoB), ele fez ainda algumas críticas à política de aumento de impostos e arrocho fiscal sobre pequenos empresários adotada pela gestão comunista desde 2015.

Para Sarney Filho, é preciso “acabar um pouco com o preconceito ideológico” e dar mais condições aos empresários de também ajudar a fomentar a economia local.

“A gente precisa acabar um pouco com o preconceito ideológico, incentivar as indústrias, incentivar os negócios. Não temos que ir em cima e sufocar os pequenos com impostos indevidos, com aumentos indevidos. Nós ainda estamos saindo de uma situação muito difícil, é preciso que a gente incentive e dê liberdade à iniciativa privada, ao mesmo tempo em que garanta aos movimentos sociais sua organização e seu espaço para que eles possam defender as suas bandeiras, que são bandeiras socioambientais, são bandeiras, que têm de minha parte um grande acolhimento”, destacou.

O ministro disse, ainda, que o povo do Maranhão tem comparado a gestão Flávio Dino com os governos Roseana Sarney (PMDB) – e que tem sentido saudades da peemedebista.

“Agora a população do Maranhão está podendo ver a diferença que é o discurso da realidade. Onde eu chego, o pessoal diz: ‘eu tenho saudade da Roseana’. Eu sinceramente não vejo ninguém com ódio do atual governo, mas eu vejo que o pessoal está com muita saudade da Roseana, eles fazem a comparação.”, ressaltou.

Mais

O ministro Sarney Filho pontuou na entrevista que o eleitor maranhense está de olho na propaganda comunista e que, por conta do fácil acesso aos meios de comunicação, sabe que a grande maioria das obras inauguradas pelo governo Flávio Dino (PCdoB) é herança do governo Roseana. “Hoje, com a democratização da informação, as pessoas sabem: não adianta o governo inaugurar, três anos depois, obras que a Roseana deixou inconclusas porque não deu tempo de entregar, mas com recursos assegurados, e dizer que é dele, porque o povo sabe”, afirmou.

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