Bolsominion é o termo como são conhecidos nas redes sociais os admiradores do deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato a presidente da República. No Maranhão, os bolsominions se agrupam, sobretudo, na recém-criada União da Direita Maranhense (UDM).
A UDM tem até pré-candidato a governador do Maranhão, o coronel aposentado do Exército José Ribamar Monteiro Segundo, que foi comandante do 24º Batalhão de Caçadores. O problema é que, como abrigo partidário, tanto Bolsonaro quanto os membros da UDM escolheram o PEN, que deve ser transformado em “Patriotas” até o início de 2018.
Na semana passada, Monteiro e os membros da UDM - cujo principal coordenador é o polêmico médico Alan Garcez - estiveram com Bolsonaro em Brasília, quando confirmaram o interesse no PEN.
O problema é que o PEN no Maranhão é comandado pelo ex-deputado estadual Jota Pinto. Nem ele nem os parlamentares da legenda - deputado federal Júnior Marreca, estadual César Pires e os vereadores Marcial Lima e Concita Pinto - foram chamados ao encontro com o presidenciável.
O resultado é que Jota Pinto desautorizou os membros da UDM - Monteiro e Garcez incluídos - a falarem em nome do PEN. E o racha está formado na base bolsominiana no Maranhão.
Consolidados
Consolidados com candidato a senador na chapa de oposição ao governo Flávio Dino, Sarney Filho (PV) e Edison Lobão (PMDB) aguardam apenas a formação de sua aliança.
Eles apostam na candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) ao Palácio dos Leões, fortalecendo a coligação, que pode ter ainda o PSD e outros pequenos partidos.
Sem adversários internos - ao contrário dos candidatos governistas -, os dois pré-candidatos ao Senado já discutem, inclusive, a composição dos seus suplentes.
Só um deles
O posicionamento de Márcio Jerry em relação ao Senado deu novo ânimo aos postulantes à segunda vaga na chapa do governador Flávio Dino (PCdoB).
Os deputados federais Waldir Maranhão (PP), José Reinaldo Tavares (PSB) e Eliziane Gama (PPS) têm cada um uma estratégia para convencer o Palácio dos Leões.
Mas apenas um deles vai se juntar ao nome já definido entre os governistas na chapa comunista de 2018.
Outro alvo
Articulada com a própria igreja - e com o partido - para ser candidata a senadora, Eliziane mira, na verdade, outro projeto.
Ela sonha em ser a companheira de chapa de Flávio Dino, em substituição ao tucano Carlos Brandão.
A parlamentar entende que a força da Igreja Assembleia de Deus pode alçá-la à condição de vice do comunista.
Vão ficar
Os deputados estaduais Neto Evangelista e Sérgio Frota não pretendem deixar o PSDB para concorrer à reeleição.
Mas eles também sequer cogitam apoiar a candidatura do senador Roberto Rocha (ainda no PSB) ao Governo do Estado.
Ambos estão absolutamente vinculados ao projeto de poder liderado pelos comunistas no Maranhão.
Todos prontos
O governador Flávio Dino entregou seis hospitais regionais durante os seus mil dias de mandato.
Todos eles, no entanto, foram recebidos da gestão anterior pelo comunista praticamente prontos.
Os hospitais de Balsas, Santa Inês, Caxias, Bacabal, Imperatriz e Pinheiro tinham pelo menos 70% das obras concluídas quando o governador assumiu.
Desperdício
A Caema iniciou na semana que passou uma obra de readequação do esgoto em alguns bairros de São Luís.
Detalhe: a Prefeitura tinha acabado de fazer o recapeamento asfáltico desses bairros, num claro exemplo de desperdício do dinheiro público.
A ação da Caema mostra a incapacidade de diálogo entre órgãos municipais e estaduais que poderiam evitar jogar dinheiro na vala, literalmente.
DE OLHO
R$ 5,8 milhões é quanto o governo Flávio Dino vai gastar, sem licitação, com empresa que realizará o concurso da Polícia Militar.
E MAIS
• O presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, ainda não decidiu se vai disputar a reeleição nas eleições de 2018.
• A eleição de 2018 para deputado deve ter o maior número de filhos de juízes e desembargadores disputando mandatos na história política maranhense.
• Além do ex-presidente da Assembleia Manoel Ribeiro, outros dois ex-comandantes da Casa - Tatá Milhomem e Arnaldo Melo - estudam voltar à política ano que vem.
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