Debate

Presidente do TJMA dialoga com alunos na cidade de Santa Inês

Cleones Cunha respondeu a perguntas de estudantes do CEEB, que ouviram atentamente o desembargador

Assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
Cleones Cunha debate com estudantes do CEEB, na cidade de Santa Inês
Cleones Cunha debate com estudantes do CEEB, na cidade de Santa Inês (Cleones Cunha em Santa Inês)

SANTA INÊS - Aproximadamente 50 estudantes de 11 a 13 anos participaram de um momento de diálogo com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Cleones Cunha, durante sua passagem pela cidade de Santa Inês, na última semana. O encontro aconteceu no Centro Educacional Eurípedes Barsanulfo - CEEB, projeto capitaneado pelo advogado Jorge Haddad, natural da cidade maranhense, que conta com patrocínio, apoio, parcerias e doações de diversas empresas e pessoas físicas em todo o país.

Uma das primeiras perguntas feitas ao magistrado foi: “O que é justiça?”. Sofia Santos, de 11 anos, estudante do 5º ano, foi quem o questionou. “Se houvesse mais tempo, com certeza ficaria horas conversando com esses jovens, que demonstraram um grande interesse e senso crítico. Esses momentos são importantes para qualquer um de nós, profissionais, porque renovam nosso dia e nos dão esperança de um futuro melhor”, comentou Cleones Cunha, após quase uma hora de conversa, em que foram narradas experiências suas como estudante, magistrado e até o encontro com uma conterrânea.

Leomara Silva, 11 anos, nasceu e tem família em Tuntum, município onde o presidente do TJMA também nasceu. “Olha que alegria, entre tantos estudantes, encontrar uma de Tuntum em Santa Inês”, declarou o magistrado.
Outra pergunta que surpreendeu a todos foi se o magistrado, em algum momento, teve dúvidas em relação a algum caso que estivesse julgando. “Sim! Com certeza. E nesses casos nós relemos o processo todo, ouvimos testemunhas e buscamos todos os elementos possíveis, que nos tragam a certeza”, comentou ele, exemplificando as situações por meio de histórias verídicas ou parábolas.

“Foi muito legal receber o desembargador na nossa escola. Aprendemos muito. Mas apesar de achar muito legal a carreira, continuo querendo ser cientista, na área de astrofísica”, disse Sofia Santos, ao final do encontro.

Integração
Para o desembargador Cleones Cunha, o momento teve ainda mais relevância por mostrar aos estudantes de Santa Inês que vale a pena lutar para conquistar o que se quer. “A primeira coisa que temos que fazer na vida para chegar mais longe ou simplesmente aonde queremos é estudar. Sempre quis ser juiz e com muito estudo e perseverança, consegui”, completou.

Foi estudando Direito na Universidade Federal do Maranhão
(UFMA) que o desembargador conheceu o idealizador do Centro Educacional visitado: Jorge Haddad. Advogado natural de Santa Inês, em 2009 ele começou a realizar o sonho de contribuir com a educação da sua cidade. “Foi aqui que estudei até o fim do ginásio (hoje ensino fundamental) e sempre quis realizar algo relacionado à educação, que sempre foi deficitária na cidade. Hoje, começamos a ver, conversando com as crianças, que está dando resultado. Aos seis anos, aqui no CEEB, a alfabetização já é completa”, revelou Haddad.

As primeiras turmas do Centro Educacional Eurípede Barsanulfo tiveram início em 2010, com 50 alunos do pré-1 infantil, com 4 anos, que é quando devem ingressar as crianças na escola. Em 2017, a escola chegou ao número de 430 alunos. O objetivo do CEEB é formar as crianças do pré ao 9º ano do Ensino Fundamental, de forma integral, com apoio psicopedagógico para elas e a família, aulas de inglês, informática, filosofia, educação física e toda a grade curricular obrigatória. As crianças passam o dia no Centro Educacional, com acompanhamento e três refeições - café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Ingresso
Para ingressar no CEEB, é necessário que a família preencha um formulário bem detalhado com aspectos econômicos, sociais e familiares; depois, é feita uma avaliação por um corpo pedagógico da escola e, em seguida, uma visita aos pré-candidatos a ingressarem. “O objetivo da escola é trazer aquelas crianças mais carentes, que têm uma chance menor de sair do lugar de risco”, explica Jorge Haddad. A cada ano podem ingressar até 150 novos estudantes de 4 anos. Quando há vagas em outras séries, o mesmo critério de seleção é adotado.

O Centro Educacional Eurípede Barsanulfo é mantido por meio de doações de empresas e pessoas físicas de todo o país. Todo o valor arrecadado é investido no projeto, cujos balancetes mensais de sua utilização são publicados no site da instituição - www.projetoceeb.org.br no campo de transparência. l

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