SÃO LUÍS - Uma das instituições de ensino mais antigas do Maranhão, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) ganhou um memorial de referência para o conhecimento de sua história. Os primeiros passos foram dados por uma equipe coordenada por Janete Chaves, Creudecy Costa da Silva e Terezinha Campos, ex-alunas e professoras do IFMA. A estrutura física do Memorial funciona em um casarão na Rua da Palma, no Centro Histórico da capital.

No fim de semana, ex-alunos se reencontraram no local para participar do vernissage da exposição “Ontem e Hoje”, que se estenderá até o dia 24 deste mês. Trata-se de um resgate da memória material da instituição, com enfoque, principalmente, em uniformes e instrumentos musicais que resistiram ao tempo. No prédio, no entanto, estão guardadas outras relíquias, como troféus, fotografias, louças e diversos objetos que comporão o rico acervo, o qual deverá ser catalogado e digitalizado para que sirva de material de pesquisa no futuro.

Convocação

“Hoje, convocamos ex-alunos para que compartilhem conosco essa vagem ao passado e resgatem suas histórias. Nosso projeto é bastante amplo e nasceu do desejo de não deixar essa memória se perder com o tempo. Afinal, se trata de uma instituição de renome e muito importante para o Maranhão”, destacou Janete Chaves.

O nome oficial do projeto é Centro de Preservação da Memória do Instituto Federal do Maranhão – Memorial IFMA e compreende diversas abordagens. Na exposição, várias estações contam, de forma cronológica, os estágios da instituição, a partir da variedade de uniformes usados pelos alunos, desde a Escola de Aprendizes e Artífices (1909), passando pelo Liceu Industrial de São Luís, Escola Técnica de São Luís, Escola Técnica Federal do Maranhão, Cefet, até chegar à denominação atual. A ideia é que a mostra percorra todos os campi do IFMA.

A ex-aluna Kátia Maria do Nascimento Pinto estudou na instituição de 1987 até 1990, onde cursou Eletrotécnica. Durante esse período, chegou a integrar a banda marcial que desfilava na Semana da Pátria. “É emocionante poder relembrar toda essa história e ver alguns exemplares e réplicas de uniformes daquele tempo, além de instrumentos musicais. Vi que alguns blusões ainda estão com mensagens e dedicatórias escritas em caneta. Essas práticas eram muito comuns no fim do semestre ou quando os estudantes estavam se formando”, contou.

De acordo com Creudecy Costa da Silva, há muitas fotos antigas as quais ainda estão sendo separadas, higienizadas e catalogadas. “Uma exposição fotográfica será aberta nesta segunda-feira, no campus do Monte Castelo”, anunciou.

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