Sem definição

PSDB do Maranhão vai dialogar com direção nacional e com Roberto Rocha para definir rumos

Membros da legenda que fazem parte do governo de Flávio Dino evitam falar a respeito dos caminhos que seguirão após a entrada do senador, que faz forte oposição a Dino

Carla Lima/subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Sebastião Madeira e Roberto Rocha comemoram controle do PSDB
Sebastião Madeira e Roberto Rocha comemoram controle do PSDB (Madeira)

Membros do PSDB do Maranhão se reuniram na noite de ontem para debater os rumos do partido após a volta do senador Roberto Rocha para a legenda. O suplente de senador e presidente municipal da sigla em São Luís, Pinto Itamaraty, garante somente após diálogos é que os tucanos decidirão o que deve ser feito.

Na noite da quarta-feira, 13, Roberto Rocha foi oficialmente convidado a retornar ao PSDB após seis anos longe do ninho tucano, que ele deixou para se filiar ao PSB, partido que se elegeu a senador pelo Maranhão.

A ida de Rocha para o PSDB foi acelerada devido à pressão do diretório estadual do PSB que aprovou a expulsão do senador. Essa decisão de Roberto vai mudar a configuração do partido no Maranhão já que parte dos membros da sigla fazem parte do governo de Flávio Dino (PCdoB) a exemplo do secretário Neto Evangelista (Desenvolvimento Social) e também o vice-governador e presidente estadual da legenda, Carlos Brandão.

Segundo Pinto Itamaraty, os membros do partido devem conversar com a direção nacional e também com o senador Roberto Rocha. Somente após essas conversas, é que posições deverão ser tomadas.

“Nosso caminho é o diálogo. Vamos conversar com o pessoal da direção nacional e também com o senador Roberto Rocha e depois vamos sentar e decidir o que deve ser feito” afirmou Itamaraty.

Posições

O Estado buscou informações com membros do PSDB que são aliados do governador Flávio Dino. Foram procuradas as assessorias do vice-governador Carlos Brandão, do deputado e secretário Neto Evangelista e também do prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva.

Foi questionado qual a posição a ser tomada com o retorno de Roberto Rocha ao PSDB. Segundo a assessoria de Neto Evangelista, o secretário decidiu não comentar nada a respeito nesse primeiro momento.

Da assessoria do prefeito Luis Fernando veio a resposta de que ainda não houve tempo para o tucano pensar a respeito. “Ele nem pensou sobre isso”, informou a assessoria de comunicação do prefeito.

Já a assessoria de Carlos Brandão negou que o vice-governador está de saída do PSDB porque não tem motivo. “Ele é presidente estadual do PSDB, não tem motivo para isso [deixar o partido]”.

As informações prestadas pelas assessorias ao O Estado vão de encontro ao próprio cenário político do PSDB que se desenha nacional e também no Maranhão.

Roberto Rocha voltou ao PSDB com duas garantias: a de que será candidato a governador do Maranhão em 2018 e que o partido deve desembarcar da base de apoio de Flávio Dino.

Conforme determinação do partido – já feita segundo o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira - Neto Evangelista e Carlos Brandão, que são membros do governo comunistas, e Luis Fernando, aliado de Dino, deverão deixar o partido para se manter ao lado do governo.

E, logo, para permanecer no ninho tucano, é necessário que eles e outros tucanos que defendem a reedição da aliança com o PCdoB, abracem o novo projeto da sigla que é ser oposição ao PCdoB e a candidatura própria no próximo ano com Roberto Rocha encabeçando a chapa majoritária.

“Nossa caminho é dialogar e somente após conversas com a direção nacional e com o senador Roberto Rocha é que vamos definir o que deverá ser feitoPinto Itamaraty, presidente municipal do PSDB em São Luís

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