Desprezo pelo PSDB

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

Convencido de que perderá mesmo o PSDB nas eleições de 2018, o governador Flávio Dino (PCdoB) já não faz nenhuma cerimônia da antipatia que nutre pelo partido que hoje lhe dá o vice-governador, Carlos Brandão. Em entrevistas e discursos, o comunista faz questão de atacar os tucanos e seus pré-candidatos a presidente.
Em 2014, Flávio Dino estendeu até tapete vermelho para o PSDB maranhense, interessado no tempo da legenda na propaganda eleitoral, sabendo, à época, que não poderia contar com o PT. Numa das mais absurdas posturas políticas já vistas no Maranhão, ele chegou a bater foto ao lado do então presidenciável Aécio Neves (MG), usando até bottom do “45”.
O tempo passou, Dino elegeu-se governador tendo o tucano Carlos Brandão como vice. Mas à medida que o governo foi caminhando, o PSDB foi tendo do governador a importância que ele realmente dava à legenda. Hoje relegado à pasta do Desenvolvimento Social, ocupada pelo deputado estadual Neto Evangelista, o ninho tucano maranhense tem pouca ou nenhuma importância para o governador, agora em namoro aberto com o PT.
Os ataques do comunista aos presidenciáveis tucanos Geraldo Alckmin e, sobretudo, João Doria Júnior, são cada vez mais intensos, inclusive com comparações políticas que não servem de lisonjeio para nenhuma liderança.
A relação com o PSDB vai mostrando que Dino sabe usar perfeitamente as peças que têm à disposição em cada situação eleitoral. Ao mesmo tempo em que se desfaz delas sem nenhum constrangimento.

Tucano presente
O governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), deve desembarcar em São Luís até outubro.
Ele deve utilizar a passagem pela capital maranhense para confirmar que o PSDB vai se opor ao governo Flávio Dino nas eleições de 2018.
E para alguns, ele fará questão de abonar a ficha de filiação do senador Roberto Rocha (PSB) ao partido.

Belo exemplo
O desembargador Marcelo Carvalho mostrou toda sua integridade ao defender publicamente o respeito às tradições na escolha do comando do Tribunal de Justiça.
Para ele, é fundamental que os colegas respeitem a escolha dos dois mais antigos desembargadores para os postos de presidente e corregedor -– no caso Nelma Sarney e José Joaquim Figueiredo.
Ele próprio posto como candidato a corregedor, Carvalho garantiu que abre mão se o colega José Joaquim decidir respeitar o que tem sido praxe na Casa.

Desinformados
Submetidos aos interesses do governo Flávio Dino, os deputados governistas na Assembleia Legislativa passaram mais um vexame de desinformação, ontem.
Eles sequer sabiam do que se tratava a enxurrada de Medidas Provisórias encaminhadas para votação na Casa.
E foram obrigados a admitir a desinformação quando pressionados pelos colegas oposicionistas.

Sem líder
Uma das reclamações dos deputados da base do governo é com relação à falta de lideranças na Assembleia Legislativa.
Parlamentares reclamam que o líder Rogério Cafeteira (PSB) não consegue passar a informação dos assuntos porque também não tem acesso ao Palácio dos Leões.
O resultado é o que chamam de “humilhação quase diária” por parte da bancada de oposição.

Só três
Deve ser reduzido a três o número de deputados estaduais que pretendem disputar vaga na Câmara Federal em 2018.
Até agora, apenas Eduardo Braide (PMN), Josimar de Maranhãozinho (PR) e Bira do Pindaré (PSB) confirmam que tentarão novos vôos ano que vem.
Outros parlamentares que chegaram a ensaiar o projeto têm recuado à medida que se aproxima o momento da definição.

Todos eleitos
Em 2014, quatro deputados concorreram às vagas da bancada maranhense na Câmara Federal, todos conseguindo a eleição.
Foram eleitos naquela ocasião Eliziane Gama (PPS), Zé Carlos da Caixa (PT), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e André Fufuca (PP).
À exceção de Eliziane - que tenta vaga no Senado -, todos eles são candidatos à reeleição em 2018.

E MAIS

• Nenhum vereador de São Luís manifestou até agora o desejo de disputar vagas na Câmara Federal; o último eleito foi o hoje prefeito Edivaldo Júnior, ainda em 2010.

• De tradicional família de políticos do interior, o vereador Marcial Lima também estuda disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

• Quem optou por uma espécie de articulação em Brasília após a derrota nas eleições de 2016 foi o ex-vereador Fábio Câmara.

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