Saúde

Homens são mais acometidos por câncer de laringe, segundo o Inca

Consumo excessivo de álcool e cigarro são fatores de risco da doença, cujos sintomas incluem falta de ar, perda de peso e diminuição da força física

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

SÃO LUÍS - O câncer de boca, laringe e demais sítios é o segundo de maior incidência nos homens. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Um dos órgãos dessa região mais acometidos é a laringe, parte integrante da garganta que contém as cordas vocais e tem função respiratória e da fala. Ainda segundo o Inca, essa doença representa aproximadamente 25% dos tumores malignos de cabeça e pescoço.
Os sintomas envolvem sinais comuns de outras inflamações no local, só que de maneira persistentes e progressiva, tais como rouquidão, dor ou dificuldade para engolir, pigarro ou tosse, que durem mais de 15 dias, por exemplo. Elementos como estes ligam o sinal de alerta e a pessoa deve, então, procurar um médico.
“Os primeiros sinais geralmente indicam onde se localiza a lesão. Odinofagia, a dor de garganta, sugere tumor supraglótico. Já a rouquidão indica tumor glótico e falta de ar, subglótico”, explica o médico Júlio César Lima, do grupo Thyreos, composto por especialistas em cirurgia de cabeça e pescoço. Necessário destacar que a ocorrência desta enfermidade pode se dar em qualquer das três porções em que é dividida: subglote (abaixo das cordas vocais), glote e laringe supraglótica.
Os médicos ainda apontam que alguns pacientes têm o aparecimento de um nódulo no pescoço como primeira manifestação da doença. Alguns sintomas severos também podem aparecer, a exemplo de falta de ar, perda de peso e astenia (perda ou diminuição da força física), apesar de menos frequentes.

Médico Júlio César Lima chama a atenção para sintomas duradouros na garganta
Médico Júlio César Lima chama a atenção para sintomas duradouros na garganta

Chances de cura
Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, maiores as chances de cura. Em geral, tumores pequenos e localizados têm taxa de cura superior a 90%. Contudo, o diagnóstico tardio acontece em 60% dos casos, podendo deixar sequelas no paciente, a exemplo da retirada de parte da língua ou da laringe, podendo causar dificuldade de engolir e falar, mudança na voz e até dependência de traqueostomia.
“Há de se destacar também alguns fatores de risco, como o consumo excessivo de álcool. O tabagismo, por sua vez, é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe”, esclarece Júlio César.
Para diagnóstico, o médico deve realizar um exame chamado laringoscopia, o qual permite a visualizar a região da laringe. Somente utilizar a espátula para abrir a boca do paciente e não permite a visualização eficaz, sendo um exame incompleto e podendo, inclusive, atrasar o diagnóstico.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.