Manifestação

Estudantes interditam avenida por reforma em escola na Ivar Saldanha

Durante ato, eles afirmam que a Polícia Militar usou de violência para conter a manifestação e agrediu uma estudante; a PM negou a atitude

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

SÃO LUÍS - Estudantes do Centro de Ensino Dr. Bacelar Portela, no Ivar Saldanha, em São Luís, fizeram uma manifestação na manhã de ontem, 5, no Elevado Alcione Nazaré, na Avenida dos Franceses, pedindo melhorias em sua escola. Durante o ato, eles afirmaram que a presidente da Central Estudantil de São Luís (CES) foi agredida por um policial militar, que a conduziu para a delegacia mais próxima.

Os estudantes realizaram o protesto por causa da demora na conclusão da reforma no prédio da escola. Atualmente, a escola está funcionando em um prédio emprestado, na antiga escola militar.

Jaciane Oliveira, de 17 anos e estudante da escola, reclamou da insatisfação da classe. “Já tivemos duas reuniões com a Secretaria de Estado da Educação [Seduc]. Já fizemos manifestações e até agora não tivemos resultado. A gente quer nossa escola, que até agora não teve concluída a reforma. Estamos tomando água com terra, não tem ventilador... A polícia chegou aqui atrapalhando a manifestação e dizendo que estávamos com bagunça. Bateram até na presidente da CES”, disse.

A prisão
O Estado
foi informado pelos estudantes e membros de entidades estudantis que estavam no local que a polícia usou força excessiva para com Denise Duarte, presidente da CES, que foi detida e encaminhada ao 2º Distrito Policial (João Paulo), para prestar esclarecimentos.

Os manifestantes afirmaram que um policial militar derrubou a estudante e puxou-a pelos cabelos para colocá-la na viatura, além de jogarem bombas de efeito moral para afastar os demais manifestantes.

O sargento Rodrigues, responsável pela operação, negou agressão por parte da polícia. “Os estudantes estão fazendo a manifestação e nós viemos acompanhar. “Até agora, ninguém foi agredido, até porque a manifestação é entre eles, e a PM só está aqui para resolver os problemas”, disse o policial.

Já o secretário geral da CES, Júnior Matarazzo, garantiu que a estudante foi agredida. “A CES tem o dever de acompanhar as ações dos estudantes. Neste caso, eles vieram fazer uma manifestação. Os policiais chegaram e primeiro nos pediram para liberar a via por alguns minutos e depois fechar com os cartazes. Depois, agrediram e jogaram no chão a presidente da CES”, frisou.

A Central Estudantil informou, por meio de nota, a indignação com a Seduc e a PM. Informaram ainda que Denise Duarte, na defesa pela classe estudantil, foi brutalmente agredida por policiais que classificaram como sem preparo algum lidar dá com a situação.

Em nota, a Seduc informou que foi informado aos alunos que a escola reformada será entregue até o início de novembro. A PM informou que a corregedoria abrirá processo administrativo interno, para apurar a conduta do policial. A PM ressalta que não compactua ou mesmo legitima comportamentos ilegais, praticados por seus membros, ou quaisquer atitudes que violem o respeito à dignidade humana.

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