Ameaça

EUA pedem na ONU '' medidas mais possíveis'' contra Coreia do Norte

Em reunião de emergência do Conselho de Segurança, embaixadora americana na ONU disse que líder norte-coreano, Kim Jong Un, está ''pedindo por guerra''

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley pediu sanções mais duras à Coreia do Norte
Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley pediu sanções mais duras à Coreia do Norte ( Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley (centro) pediu sanções mais duras à Coreia do Norte)

NOVA YORK - Os Estados Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU, ontem, que imponha "as medidas mais duras possíveis" contra a Coreia do Norte, em resposta a seu sexto e mais potente teste nuclear ocorrido no domingo,3.

"Apenas as sanções mais duras vão nos possibilitar resolver esse problema pela diplomacia", alegou a embaixadora dos EUA na organização, Nikki Haley, em uma reunião de emergência do órgão, segundo a France Presse.

Haley disse que a abordagem de sanções graduais do conselho de 15 membros contra a Coreia do Norte desde 2006 não funcionou e disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, está "pedindo por guerra", de acordo com a Reuters.

"Apesar de nossos esforços, o programa nuclear da Coreia do Norte está mais avançado e mais perigoso do que nunca", disse Haley ao conselho.

"Uma guerra não é nunca algo que os Estados Unidos querem. Nós não queremos agora. Mas, a paciência do nosso país não é ilimitada", acrescentou.

De acordo com informações da Reuters, os EUA pedem que uma nova resolução sobre a Coreia do Norte seja votada no começo da próxima semana.

"Essa crise vai além da ONU", disse Haley, que indicou que os EUA considerarão os países que façam negócios com a Coreia do Norte como órgãos que "prestam ajuda às temerárias e perigosas intenções nucleares de Pyongyang".

Rússia

Em conversas com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou o teste, afirmou o Kremelin em um comunicado.

O líder russo insiste que a situação deve ser resolvida com conversas e diplomacia, mesmo discurso feito pelo embaixador russo na ONU Vassily Nebenzia.

"Um acordo abrangente para as questões nucleares e outros aspectos que afligem a península coreana pode ser alcançado unicamente através de canais diplomáticos e políticos".

Bomba H

O governo da Coreia do Norte anunciou na madrugada de domingo,3, que realizou um teste 'bem-sucedido' com uma bomba de hidrogênioque pode ser carregada no novo míssil balístico intercontinental do país. O teste nuclear provocou um tremor de magnitude 6,3 no território norte-coreano.

Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Coreia do Sul, França, Otan e União Europeia condenaram o teste. Eles repudiaram a nova violação das múltiplas resoluções da ONU e exigiram o fim dos programas nuclear e balístico da Coreia do Norte.

Com o teste de domingo, o presidente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, considerou que a Coreia do Norte se tornou uma "ameaça global".

Ontem, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou que a vizinha Coreia Norte prepara um novo lançamento de míssil.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-Moo, afirmou ontem acreditar que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear, ao tamanho de uma ogiva. "Acreditamos que entra em um míssil balístico intercontinental", afirmou Song Young-Moo aos deputados no Parlamento, segundo a France Presse.

Ameaça global

Após classificar como "lamentável", o teste nuclear conduzido pela Coreia do Norte com uma bomba de hidrogênio, o presidente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que a Coreia do Norte se tornou uma "ameaça global".

Em declarações à emissora americana CNN, Yukiya Amano, diretor-geral da agência ligada à ONU e que monitora a atividade nuclear, afirmou que o teste conduzido por Pyongyang representa uma "nova dimensão de ameaça", não mais um problema regional.

Ao falar sobre o assunto, Amano já havia pedido que a Coreia do Norte "implementasse por completo" as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e as recomendações da Agência Internacional de Energia Atômica.

Mais

Brics condenam

testes nuclares

Em comunicado da 9ª cúpula de chefes de Estado e de governo do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na cidade chinesa de Xiamen, os líderes do bloco condenaram duramente ontem os testes nucleares norte-coreanos. No domingo,3, a Coreia do Norte anunciou ter testado uma bomba de hidrogênio.

"Expressamos nossa profunda preocupação com a atual tensão e com a prolongada questão nuclear na Península Coreana e enfatizamos que a situação deve ser apenas solucionada por intermédio de meios pacíficos e diálogo direto entre todas as partes envolvidas", diz a declaração conjunta emitida em Xiamen.

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