Kevilin Sofia, de 1 ano e 3 meses e que aguardava por iniciativa do Governo do Maranhão para realizar uma cirurgia que a cure de uma cardiopatia considerada grave, chegou no início da tarde de ontem à capital pernambucana, Recife, onde fará o tratamento a ser custeado pelo poder público estadual. A garantia de assistência médica à paciente foi dada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) após denúncia feita por O Estado em sua edição do dia 29 de agosto.
Na ocasião, foi informado que a criança estava sem perspectiva de tratamento desde o dia 21 de abril deste ano, quando foi internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Araçagi, com quadro de insuficiência respiratória. Na segunda-feira, 28, O Estado conversou com o pai, Erilson Carlos Ferreira, que confirmou que, até aquela data, não havia recebido nenhum contato do Governo do Maranhão. No mesmo dia, pelas redes sociais, o secretário titular da SES, Carlos Lula - ao tomar ciência do caso - se manifestou e informou que “cuidaria do caso”.
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No dia 30 do mês passado, o titular da SES declarou, ainda por rede social, que a jovem seria tratada no Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (Procape) Profº. Luiz Tavares, já que, de acordo com a SES, não havia na rede pública maranhense a estrutura necessária para dar a assistência à criança.
No mesmo dia em que confirmou o tratamento de Kevilin, a assessoria do Procape informou a O Estado que, até aquela data, não constava o nome da criança no banco de dados de pacientes mantido pela instituição.
Ontem à tarde, após chegar ao Procape, em Recife, Kevilin Sofia foi submetida a uma série de exames para que os médicos locais tivessem noção da gravidade do caso. De acordo com a assessoria da unidade de saúde pernambucana, a reavaliação da criança é necessária e considerada de “praxe”. Em contato feito ontem, o pai de Kevilin, Erilson Carlos (que está em Recife com a filha), informou que não havia previsão para a cirurgia. “De acordo com os médicos, somente após o resultado dos exames era possível saber esta informação”, disse.
Ainda segundo o pai, a jovem chegou ao Procape debilitada. Seu quadro de saúde “requer cuidados especiais”. A família de Kevilin é natural do município maranhense de Viana e seu pai sustenta ele, a esposa e os 10 filhos (incluído Kevilin) com o serviço de roça.
SAIBA MAIS
A família de Kevilin teve de recorrer à Justiça, antes de denunciar o caso a O Estado, para tentar garantir o cumprimento do direito. Mesmo com ação favorável à jovem, de acordo com os familiares, a SES se negou a viabilizar o tratamento.
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