Rodrigo Janot

Com medo de ações, Janot vai adiar aposentadoria para garantir foro especial

Procurador-geral da República vai deixar o posto no próximo dia 17, e já se prepara para ações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
(Rodrigo Janot também criticou articulação por Caixa 2)

BRASÍLIA - A defesa de investigados na Lava Jato já começou a estudar possíveis ações contra o atual chefe do Ministério Público, Rodrigo Janot, menos de duas semanas antes do fim do mandato do procurador-geral da República, diz reportagem da Folha. Janot poderia ter que responder a questionamentos sobre supostos excessos vistos por políticos nas ações das quais são alvos.

Já ciente, disto, inclusive, reforça o jornal paulista, o procurador-geral não deve se aposentar imediatamente, garantindo foro especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em caso de aposentadoria, o procurador passaria a responder na primeira instância.

No mês passado, Janot disse à Folha que pretendia tirar férias acumuladas até o mês de abril de 2018, e depois, talvez, uma licença até o mês de julho.

Parlamentares ouvidos reservadamente pela Folha admitem ter pedido a seus advogados que estudem a possibilidade de devolver ao procurador as "flechadas" que ele vem disparando em acusações formais.

No início de julho, Janot afirmou que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", sobre o andamento das investigações na reta final do seu mandato. A fala teria sido interpretada como um "vale-tudo" por parlamentares.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.