Meio ambiente

Sarney Filho diz que o MMA está preparado para combater incêndios

Ministro do Meio Ambiente iniciou grande mobilização nacional para combater incêndios florestais em todas as unidades estaduais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Sarney Filho cumprimenta integrante de brigada de incêndio em Brasília
Sarney Filho cumprimenta integrante de brigada de incêndio em Brasília ( Sarney Filho cumprimenta integrante de brigada de incêndio em Brasília)

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho anunciou, em Brasília, que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) iniciou uma grande mobilização para o combate aos incêndios florestais em todas as unidades de conservação federais. Na sexta-feira, 1º, ele sobrevoou a área onde os brigadistas do Ibama estão trabalhando para acabar com o fogo que atingiu o Parque Nacional de Brasília nos últimos dias.

Após fazer um sobrevoo de helicóptero, ao lado do coordenador nacional de Prevenção a Incêndios Florestais do ICMBio, Christian Niel Berlinck, Sarney Filho informou que há recursos, equipamentos e monitoramento para atender os estados.

“No ano passado, batemos alguns recordes negativos em número de focos de queimadas, então fizemos um planejamento para este ano. A situação climática é pior, mas a situação dos órgãos federais é melhor. Acredito que, por isso, vamos conseguir diminuir o número de focos de queimadas e vamos poder combater com mais eficácia”, disse o ministro.

Prevenção

De acordo com Christian Berlinck,, o percentual de área atingida por incêndios em unidades de conservação em todo o Brasil neste mês esteve 50% abaixo da média histórica do período desde 2010. Segundo ele, essa redução se deve à prevenção, por meio de aceiros, às brigadas contratadas para o período da seca (julho a setembro) e às ações de educação ambiental com as comunidades locais. Em todo o Brasil, já foram feitos 2,5 mil quilômetros de aceiros dentro das UCs.

O ministro elogiou os esforços dos funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), brigadistas, voluntários e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF), depois de conhecer a sala de monitoramento que o IBAMA montou na sede do Parque.

Os dois incêndios no Parque Nacional de Brasília queimaram, até o momento, 4,7 mil hectares de Cerrado, o equivalente a quase 10% da unidade de conservação. O tempo seco e o vento forte contribuem para espalhar as chamas.

Alguns focos de incêndio ainda persistiam na região da Chapada Imperial, que é uma das áreas incorporadas ao Parque Nacional de Brasília por Decerto Federal em 2006, formada por fazendas, chácaras e invasões. Nessa região, conhecida como área II ou área nova, os conflitos fundiários ainda não estão resolvidos. O ICMBio encontra dificuldades, até de acesso, para realizar a gestão. Por isso, explicou o gerente de Fogo do Parque Nacional de Brasília e da Reserva Biológica Contagem, Manoel Eurípedes, o incêndio ali se alastra tão rapidamente e as suspeitas são de que seja criminoso.

No Parque Nacional de Brasília não havia um incêndio desse porte desde 2006. A parceria com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, parte da ação integrada de combate ao fogo no parque nacional, disponibilizou 50 viaturas, dois aviões airtrack (que jogam água) e dois helicópteros. A organização não governamental Grupo Ambientalista do Torto (GAT) também colabora na ação, com voluntários em campo. No total, estão mobilizados mais de 100 homens, entre ICMBio, Prevfogo do Ibama, Corpo de Bombeiros, Exército brasileiro e voluntários.

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