SÃO LUÍS - Com 60% de participação no bloco BM-BAR-3, na Bacia de Barreirinhas, onde é operadora, a Petrobras aguarda licença de operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar um poço no local, onde em 2009 foram encontrados indícios de gás natural.

Em julho, a Petrobras apresentou Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) ao Ibama para realizar a atividade de perfuração, como parte das ações do plano de avaliação da descoberta (PAD) de gás no poço 1-DEV-14A-MAS, batizado como Caranguejo.
O poço foi inicialmente perfurado pela Devon, no ano de 2009, então operadora, que contratou o navio-sonda Deep Water Discovery, da Transocean, para a atividade, tendo sido encontrado indícios de gás em águas profundas, na Bacia de Barreirinhas.

A previsão era que o PAD fosse concluído até novembro de 2012, mas está suspenso enquanto a Petrobras aguarda uma licença ambiental para prosseguir com as atividades. “O consórcio aguarda a conclusão do processo de licenciamento ambiental, necessário para a perfuração de poços nessa área. A continuidade das atividades dependerá desta perfuração”, explicou a companhia.

Até o momento, a companhia perfurou dois poços: o 1-DEV-14-MAS e 1-DEV-14A-MAS. O bloco BM-BAR-3 foi concedido na 4ª Rodada de licitações, em 2002. Na época, quem levou a área foi a Devon Energy, mas em 2012 a BP assinou acordo de farm-in com a Petrobras pelo qual ficou com 40% de quatro blocos em águas profundas nas bacias de Barreirinhas e do Ceará. A Petrobras é a operadora do BM-BAR-3 com 60% de participação.

Margem equatorial

A Bacia de Barreirinhas localiza-se na margem equatorial brasileira, abrangendo parte da costa do estado do Maranhão e a plataforma adjacente. Trata-se de uma bacia de nova fronteira situada entre as cidades de Parnaíba (PI) e São Luís (MA).
Embora ainda sem descobertas significativas, a Bacia de Barreirinhas apresenta grande potencial petrolífero, pois possui sistema ativo comprovado e ocorrência de hidrocarbonetos em vários poços perfurados. Expectativa para petróleo leve e condensado.

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