No centro do poder

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

É evidente o preconceito da mídia do Sul demonstrado com o deputado André Fufuca (PP), que assumiu ontem o exercício da presidência da Câmara Federal. O preconceito se dá, sobretudo, pelo sobrenome político do parlamentar, uma espécie de corruptela do nome Francisco, pai do deputado.
Mas mesmo diante do preconceito sulista, André Fufuca demonstrou altivez, coragem e segurança para conduzir os trabalhos na Câmara Federal neste momento de forte turbulência política. Estão na pauta de discussões assuntos como as reformas política, previdência, tributária, além de outras questões de forte repercussão.
Inteligente - apesar de muito jovem, com apenas 28 anos, completados domingo - Fufuquinha, como é mais conhecido no interior maranhense, cercou-se de líderes de peso na Câmara, como os governistas Beto Mansur (SP), Carlos Marum (RS) e Darcísio Perondi (RS), experientes raposas, que garantiram a ele a base parlamentar para conduzir os trabalhos. O deputado maranhense pode contar ainda com experientes colegas maranhenses, na Câmara e no Senado, capazes de lhe dar o cabedal político necessário.
Demonstrando humildade e capacidade de aprendizagem rápida, combinada à segurança que demonstra nestes momentos, André Fufuca vai deixando sua marca no parlamento brasileiro. E só está no seu primeiro mandato.

Desvio
O governador Flávio Dino pode acabar mais uma vez na Justiça por conta da operação de desvio de finalidade dos recursos do Fundo de Aposentadoria e Pensão do Estado, o Fepa.
A Lei Geral da Previdência proíbe que os recursos desse fundo - especificamente para bancar as aposentadorias dos servidores - sejam utilizados em outra finalidade.
Por intermédio de um decreto publicado no Diário Oficial do Estado do dia 11 de agosto, Flávio Dino deslocou nada menos do que R$ 29 milhões do fundo para seu secretário Clayton Noleto (Sinfra) fazer obras no Maranhão.

Do próprio veneno
O próprio governo Flávio Dino tem sofrido com a ineficiência de um de seus principais órgãos, a Caema.
As obras de asfaltamento da Secretaria de Infraestrutura sofrem rotineiramente quebra-quebra cometido pela companhia.
Para resolver as questões com a população, a Caema pouco se importa com a recuperação da malha viária após suas intervenções.

São Luís sofre
A gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) também sofre, desde o início do primeiro mandato, com as intervenções da Caema.
E foram várias as vezes em que a Prefeitura pagou o pato pela quebradeira provocada pelas intermináveis obras de correção do esgotamento em São Luís.
Detalhe: a concessão da Caema na capital maranhense é dada pela própria Prefeitura.

Com quem andas?
Na surdina, as prefeituras de Paço do Lumiar e São José de Ribamar se livraram do desgaste que era manter contrato de saneamento com a Odebrecht Ambiental.
Em uma operação ainda não explicada claramente, os prefeitos Domingos Dutra (PCdoB) e Luis Fernando Silva (PSDB) viram a operação maranhense ser vendida pela empresa-símbolo da Operação Lava Jato.
A nova “concessionária” do serviço de saneamento e abastecimento nos dois municípios é a canadense Brooksfield.

Sem ânimo
O deputado estadual Roberto Costa (PMDB) segue empenhado em conquistar a Prefeitura de Bacabal.
Ainda na esperança de obter vitória via Justiça Eleitoral, ele sentou praça em Brasília na articulação com advogados.
E com relação à reeleição, em 2018, ele parece mais interessado em compor, como suplente, uma das vagas de candidato a senador.

Sem posição
O deputado Wellington do Curso (PP) voltou a fazer carga contra o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior.
O parlamentar chamou o prefeito de “filhote” do governador Flávio Dino, ao cobrar posição clara da Prefeitura em relação à greve dos professores.
Acampados na porta da Secretaria de Educação há quase uma semana, representantes do sindicato esperam posição da Prefeitura.

Resistência
Apesar da tentativa de aproximação com os evangélicos, o governador Flávio Dino ainda sofre rejeição entre as lideranças religiosas.
Pastores mais conservadores - sobretudo os mais tradicionais da Assembleia de Deus - questionam as posições públicas do PCdoB e do governo Dino a favor das causas LGBT.
E chegam a criticar as lideranças que se aproximam do comunista fazendo de conta que ele é um exemplo de cristão

E MAIS

• O ex-presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo, está cada vez mais convencido a voltar à Casa nas eleições de 2018.

• Enquanto os pastores mais tradicionais rejeitam vínculo com Flávio Dino, a ex-prefeita Maura Jorge - que tem relacionamento histórico com os evangélicos - se fortalece.

• A deputada Graça Paz pretende mostrar hoje, na Assembleia, o alcance que poderia ter a Codevasf se tivesse o apoio de toda a bancada na Câmara Federal.

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