Custo

Mensalidade média de medicina é 10 vezes maior que a de pedagogia

Estudo realizado pela Semesp calculou o custo das mensalidades no primeiro semestre de 2017; além disso, divulga levantamento com indicadores do ensino superior em 2015

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

SÃO PAULO - Medicina continua no primeiro lugar do ranking das faculdades mais caras do Brasil, de acordo com levantamento do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp). O custo médio das mensalidades é parte do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2017, divulgado ontem, em São Paulo. Além de dados coletados pela própria entidade, o Mapa também analisa dados do Censo do Ensino Superior de 2015.

Segundo o estudo, no primeiro semestre de 2017, no Brasil, a média geral do valor das mensalidades ficou em R$ 898. O curso de medicina apresentou mensalidade média de R$ 6,2 mil, seguido por odontologia (R$ 2,1 mil), arquitetura e urbanismo (R$ 1,2 mil) e engenharia (R$ 1,1 mil). O curso, entre os mais procurados, que teve a menor média de mensalidade foi pedagogia (R$ 621).

Matrículas

A 7ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil mostra que, em 15 anos, cresceu 34% o total das matrículas no ensino superior, considerando os cursos presenciais e a distância, de 2009 a 2015, nas instituições públicas e privadas do país.

Se forem consideradas apenas as matrículas nos cursos a distância, o aumento entre 2009 e 2015 foi de 66%, sendo um crescimento de 90% na rede privada e uma queda de 26% na rede pública. A maior concentração de matrículas na EAD está na faixa etária dos 25 aos 34 anos (41,3%).

Taxa de evasão em alta

A pesquisa mostra que, desde 2010, a taxa de evasão no ensino superior está em crescimento. "Em 2015, a taxa de evasão dos cursos presenciais no país atingiu o índice de 28,6% na rede privada e 18,4% na rede pública. Nos cursos EAD, no mesmo ano, o índice chegou a 34,2% na rede privada e 28,7% na pública", aponta o estudo.

Aumento dos concluintes

O aumento no total de alunos que conquistam o diploma é um dos efeitos do aumento total dos alunos matriculados depois da expansão de programas como o Fies e o Prouni.

“O que chama a atenção nessa edição é que o número total de concluintes em cursos presenciais no Brasil registrou aumento de 9,3% de 2014 a 2015 (eram 841 mil e passaram a 919 mil em 2015) e o número total de concluintes nos cursos a distância cresceu 23% de 2014 a 2015 (eram 190 mil e passaram a 234 mil)”, afirma o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

Segundo Capelato, a pesquisa aponta que houve um aumento na proporção de alunos concluintes no ensino superior privado nas faixas de renda inferiores a 3 salários mínimos e de jovens pertencentes a classe C, justamente o público alvo dos programas governamentais.

Procura pela pós graduação

As matrículas totais em cursos de pós-graduação para mestrado, mestrado profissional e doutorado alcançaram 252 mil em 2015, um crescimento de 8,3% em relação a 2014 (232 mil). Na rede pública o aumento chegou a 7,2% (210 mil matrículas contra 196 mil em 2014). A rede privada, apesar do acréscimo no número de matrículas ter chegado a 14%, (42 mil em 2015 contra 37 mil no ano anterior), foi responsável por apenas 17% do total.

Nas instituições de ensino superior da rede privada, em 2015, 31% de docentes em exercício eram especialistas, 48% mestres e 21% doutores. O regime de trabalho desses docentes em exercício, no mesmo período, era 38% parcial, 37% horista e 24% em tempo integral sem dedicação exclusiva, ficando somente 1% em tempo integral e dedicação exclusiva ao trabalho.

Histórico da pesquisa

No ano passado, tendo como base o Censo de 2014, a pesquisa apontou que os alunos que têm contrato com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) desistiam do curso universitário com menor frequência do que os demais estudantes das universidades privadas.

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