Em greve

Professores mantêm ocupação na Semed

24 horas após os docentes em greve invadirem as dependências da Semed e lá permanecerem, nenhuma autoridade recebeu a categoria para negociação

Robert Willian / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Professores municipais em greve diante da Semed, que está ocupada.
Professores municipais em greve diante da Semed, que está ocupada. (Semed)

SÃO LUÍS - Os professores da rede pública municipal de São Luís mantiveram a ocupação da Secretaria Municipal da Educação (Semed), iniciada na manhã de quinta-feira, 24. Os profissionais cobram melhores condições de trabalho, infraestrutura das escolas, entre outras reivindicações.

A presidente do Sindicato dos Professores do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), Elizabeth Castelo Branco, disse que a ocupação deve permanecer. “Nós estamos desde 2013 cobrando melhores condições de trabalho, além da melhoria da infraestrutura das escolas que estão precárias. A luta é legitima”, frisou.

Educação afetada

Segundo o Sindeducação, mais de 122 escolas estão sem aulas, em adesão à greve. Além dessas, algumas escolas estão parcialmente paralisadas e outras não aderiram ao movimento grevista. São 50% da rede municipal paralisada, conforme o sindicato.

Na manhã de ontem, professores informaram que um dos participantes da ocupação foi agredido por um segurança da Semed, revoltando a maioria que ali estava realizando um protesto pacífico.

A greve

Os professores da rede municipal declararam greve no segundo dia do mês de agosto. Nesse dia, os grevistas visitaram várias escolas que apresentavam risco aos que por ali passariam diariamente, o que é o ponto alto da greve. A paralisação está sendo organizado pelo Sindeducação.

Uma das escolas visitadas foi registrada por O Estado; a Unidade de educação Básica (UEB) Bernardina Spindola, localizada no Centro de São Luís, apresentou, logo na entrada, retratos do descaso. O mato crescia sem controle e estava, inclusive, servindo de abrigo para criminosos.

Além disso, os professores reivindicam a negociação, entre Prefeitura e classe, do reajuste salarial de 2017 - eles saíram insatisfeitos depois de a Prefeitura de São Luís não oferecer nenhuma forma de reajuste aos profissionais do magistério na última mesa de negociação.

A ocupação

Após quase um mês de greve e nenhuma reunião ou conversa marcada pelo Executivo Municipal no sentido de ouvir a classe grevista e atender suas demandas, os professores ocuparam a sede da o prédio da Semed, no bairro do São Francisco, na manhã de ontem.

Os manifestantes ocuparam todo o prédio, salvo as salas que estavam trancadas, e ficaram de vigília nas saídas da Semed, para evitar que alguém entrasse, ou saísse, sem que fosse percebido pelos que ali estavam.

O sindicato promete que o movimento permanecerá até que os professores sejam recebidos pelo secretário da Educação, Moacir Feitosa, e pelo prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Os professores não desocuparam o prédio nem na noite de ontem, totalizando 24 horas de protesto no dia de hoje.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.