Paralisação

Greve dos agentes de controle de endemias completa um mês

Categoria espera novo posicionamento da Prefeitura que deve sair hoje; na próxima semana os agentes farão assembleia para decidir os rumos do movimento paredista

Leandro Santos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Agentes já estão em greve há um mês.
Agentes já estão em greve há um mês. (Controle de endemias)

SÃO LUÍS - Ontem completou um mês do início da greve dos agentes de controle de endemias em São Luís, manifesto que segue causando transtornos para a população. Com as atividades desses profissionais suspensas, a possibilidade de proliferação de doenças é maior.

De acordo com vice-presidente Jordel Sales Lima, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Controle de Endemias do Estado do Maranhão (Sintracema), a categoria espera por um posicionamento da Prefeitura de São Luís que deve sair hoje sobre a demanda dos profissionais. “Enquanto isso, nós suspendemos as mobilizações de rua, mas seguimos em greve. Vamos esperar até a próxima semana para fazer a assembleia e decidir o que fazer”, disse o líder sindical.

Transtornos – Enquanto isso, os moradores da capital maranhense estão desassistidos, sendo que a saúde das pessoas é a mais afetada com a situação. “A população está desassistida, pois não tem os agentes para fazer o controle das doenças. Nós lamentamos a situação, mas é o que está acontecendo” destacou Jordel Sales.

São os agentes de controles de endemias os responsáveis por fazer a visita nos domicílios para verificar focos endêmicos e ainda exercer a prevenção e controle de doenças, como dengue, malária, leptospirose, leishmaniose, esquistossomose, Doença de Chagas e raiva humana, além de outras relacionadas com fatores ambientais de risco biológicos e não biológicos, como lixo em locais inapropriados, água acondicionada em depósitos, contaminantes ambientais, esgoto a céu aberto entre outras situações.

Outros trabalhos também estão sendo comprometidos com a paralisação, como a utilização dos carros fumacê e as visitas em borracharias, ferros-velhos e cemitérios para eliminar focos de doenças. Apenas trabalhos administrativos estão sendo realizados.

Paralisação
Em greve desde o dia 24 de julho, esses profissionais reivindicam por melhores condições trabalhistas e salariais. Eles alegam que estão atuando sem os equipamentos de proteção individual, como as máscaras, óculos, luvas e fardamento, situação essa que compromete o desenvolvimento das atividades.

A ausência dos materiais de trabalho causa riscos à saúde dos próprios trabalhadores uma vez os agentes de controles de endemias trabalham diretamente com venenos e outros produtos nocivos à saúde, caso sejam manipulados sem a devida proteção como máscaras e luvas.

Os agentes também reivindicam por reajuste salarial. Atualmente a categoria ganha em torno de R$ 1.300,00 e este ano ainda não foi feito o reajuste percentual desse valor. Soma-se ainda o vale transporte que está há quatro meses atrasado

A Prefeitura de São Luís foi procurada ontem por O Estado para se posicionar a respeito das reivindicações dos agentes de controle de endemias, mas até o fechamento desta reportagem nenhuma resposta foi recebida.

NÚMERO
​674
é a quantidade de agentes de controle de endemias atuando em São Luís.

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