Meio ambiente

Sarney Filho avalia ações de combate ao desmatamento

“Estamos no rumo certo”, diz ministro do Meio Ambiente sobre a redução do desmatamento na Amazônia, anunciado pelo Instituto Imazon

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou ontem que a queda de 21% na desmatamento da Amazônia, no período de agosto de 2016 a julho de 2017, anunciado pelo Instituto Imazon, indica que a sua pasta “está no rumo certo” ao priorizar as ações de comando e controle feito pelo IBAMA na região, com apoio da Política Federal.

Os dados divulgados ontem apontam que a curva de crescimento do desmatamento nos estados da Amazônia Legal caiu, depois de cinco anos. “Embora os números oficiais não tenham sido ainda divulgados pelo INPE – Instituto de Pesquisas Espaciais, o que ocorre em novembro, os indicadores do Imazon mostram os bons resultados obtidos com a recomposição dos orçamentos do IBAMA e do ICMBIO, que determinei, ao assumir o MMA, em 2016,” disse o ministro.

Os recursos orçamentários, no segundo semestre, de acordo com o ministro também passaram a contar, pela primeira vez, com dinheiro do Fundo Amazônia, o que permitiu uma fiscalização mais intensa.

Entre agosto de 2016 e julho de 2017, período chamado de calendário de o desmatamento acumulado na região foi de 2.834 km². Todos os estados da Amazônia Legal apresentaram queda no total das áreas desmatadas. A maior baixa foi encontrada no Tocantins, onde o desmatamento diminuiu 54%, de acordo com o Imazon. Mato Grosso e Pará, os estados que mais desmataram nos últimos anos, também registraram quedas, mas seguem com taxas elevadas de áreas destruídas.

Crise

O ministro Sarney Filho explicou que nos últimos anos, a falta de recursos para fiscalização e a crise política propiciaram o avanço do desmatamento. “As ações de comando e controle são fundamentais para controlar o avanço do desmatamento ilegal”, alertou.

Com a previsão de mais recursos para essas ações, bem como para projetos voltados para a sustentabilidade, o ministro acredita que os índices de desmatamento diminuirão ainda mais nos próximos meses.

O monitoramento do Imazon é feito paralelamente ao oficial, que é o do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal), do Inpe. As metodologias são distintas (os satélites utilizados para a medição diferem) e os números dos sistemas, por serem gerados com métodos diferentes, não podem ser comparados entre si.

O Imazon utiliza imagens do sensor Modis, que identifica desmatamentos com mais de 10 hectares de tamanho (já considerados grandes desmatamentos. Já o Prodes utiliza imagens de vários satélites e identifica desmatamentos menores, mas disponibiliza imagens com menos regularidade, o que dificulta a execução de boletins mensais. Os índices obtidos pelas duas instituições de pesquisa, em geral são semelhantes.

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