Tensão

Coreia do Norte nunca entregará armas nucleares, diz diplomata

Ju Yong Chol disse as medidas tomadas pela Coreia do Norte para fortalecer a sua capacidade nuclear e desenvolver foguetes intercontinentais são justificáveis

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36

PYONGYANG - Um diplomata da Coreia do Norte afirmou ontem que a capacidade nuclear de autodefesa da Coreia do Norte "nunca estará na mesa de negociações".

O diplomata Ju Yong Chol se pronunciou durante a Conferência sobre Desarmamento promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) depois que o embaixador dos Estados Unidos, Robert Wood, disse que a "prioridade máxima" do presidente Donald Trump é proteger seu país e aliados contra a "crescente ameaça" da Coreia do Norte.

"As medidas tomadas pela Coreia do Norte para fortalecer a sua capacidade nuclear e desenvolver foguetes intercontinentais são justificáveis e uma opção legítima para autodefesa em face das ameaças tão aparentes e reais" disse Ju ao fórum em Genebra, fazendo referência a "constantes ameaças nucleares" por parte dos Estados Unidos.

Coreia do Norte e EUA viram a tensão entre os dois países aumentar após o progresso rápido do país asiático no desenvolvimento de armas nucleares e mísseis capazes de atingir o território continental norte-americano.

Em julho, a Coreia do Norte realizou testes de mísseis intercontinentais, que repercutiram em todo o mundo. Dias depois, Trump afirmou que o país vai responder com "fogo e fúria" caso Pyongyang faça novas ameaças.

Plano de ataque

Apesar das declarações, Pyongyang não se intimidou e detalhou plano para atacar a ilha de Guam, no Pacífico. O projeto foi posteriormente suspendidopelo ditador Kim Jong-Un, que advertiu que a sua execução dependeria do comportamento de Washington.

"Enquanto a política hostil e a ameaça nuclear dos EUA continuarem sem contestação, a Coreia do Norte nunca colocará sua capacidade nuclear de autodefesa na mesa de negociações", afirmou o diplomata Ju.

Na segunda,21, EUA e Coreia do Sul iniciaram exercícios militares conjuntos. Segundo o o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, as atividades são defensivas e não almejam elevar a tensão na península coreana. Para Pyongyang, entretanto, as manobras são provocações e um teste para invasão de seu território.

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