Poluição

Mau cheiro oriundo do Rio Bacanga incomoda moradores e pescadores do Sá Viana

Lixo, peixe morto e urubus são observados ao longo da extensão do rio e, segundo especialista, está havendo processo de eutrofização

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Rio Bacanga
Rio Bacanga (rio bacanga, sa viana)

O mau cheiro oriundo do Rio Bacanga está incomodando os moradores do bairro do Sá Viana, principalmente, crianças e idosos como ainda dificultando o trabalho dos pescadores. Os profissionais da área ambiental afirmam que esse rio está sofrendo diariamente o processo de eutrofização.

Sacos de lixo, garrafa pet, a presença de urubus e o odor insuportável. Este é o cenário ao longo da extensão desse rio durante a manhã de sábado, 5. Angel Teixeira, de 23 anos, declarou que mora no Sá Viana há 30 anos e desde a última terça-feira era possível encontrar vários peixes mortos dentro do rio.

A outra moradora, Raimunda Penha, de 70 anos, disse que está fechando as portas e as janelas da sua residência, localizada na Rua Tomaz de Aquino de Andrade, para diminuir o cheiro podre proveniente desse rio. “Estou muito preocupada com o meu neto de oito dias de nascido ficar doente devido está respirando diariamente esse odor insuportável”, desabafou Raimunda Penha.

Nelcilene Santos, de 43 anos, disse que a sua avó, Noberta dos Santos, de 106 anos, também está respirando a todo instante esse cheiro de podre e sente receio da idosa fica doente, inclusive, respiratório.

João Bosco, de 65 anos, declarou que pesca há mais de 30 anos nesse rio, mas o pescado diminuiu bastante nestes últimos oito meses. “O Estado não termina esse serviço dessa barragem e o peixe já diminuiu bastante. Até mesmo algumas espécies de peixe estão desaparecendo do rio. Um deles é a tainha. Eles não renovam a água do rio e encontramos é peixe morto como ainda a presença de urubus nesse local”, afirmou o pescador.

Eutrofização

O biólogo e engenheiro ambiental, Ronald Santos, disse que o Bacanga há anos vem sofrendo com o processo de eutrofização provocado pela ação do homem. Vários dejetos orgânicos, principalmente, a água de esgoto são despejados no leito desse rio de forma diária.

Ainda segundo Ronald Santos, essa matéria orgânica acaba se acumulando dentro do rio e provocando a morte de vários peixes como ainda deixando a água com o cheiro insuportável. Para amenizar essa problemática deve ser necessária a renovação da água desse rio, evitar o despejo em demasia de material orgânico como também era de suma importância a realização da recapagem do assoalho do rio feito por meio de uma máquina aquática.

O Estado entrou em contato por telefone com assessoria de comunicação do Governo para obter informações sobre o serviço da Barragem do Bacanga durante a manhã de sábado, 5, mas não obteve sucesso.

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