Além da telinha

Élbio Carvalho: jornalismo e literatura como grandes paixões

Além de ser um dos destaques do telejornalismo maranhense, Élbio Carvalho trabalha efetivamente na produção literária; ele já tem um livro lançado e se prepara para publicar um novo, além de ter outras produções em fase final

Leandro Santos / O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Élbio Carvalho é um dos fundadores da Academia Grajauense de Letras
Élbio Carvalho é um dos fundadores da Academia Grajauense de Letras (elbio carvalho)

Quem vê o jornalista Élbio Carvalho na TV Mirante produzindo os mais diversos tipos de reportagem não imagina que ele, além de um dos mais destacados profissionais da imprensa maranhense, é também um amante da literatura e com produção na área. O jornalista está prestes a lançar o seu mais novo livro e, paralelo a isso, tem outros trabalhos literários em fase de pré-produção que, em breve, também serão disponibilizados para o público.

Natural da cidade de Grajaú (distante aproximadamente 600 km de São Luís), a primeira obra escrita por Élbio Carvalho e que foi a sua estreia dentro do universo da literatura foi “Centro de Lançamento de Alcântara: Tecnologia Derretida”, um livro-reportagem lançado no dia 16 de fevereiro de 2005, que trouxe alguns aspectos da explosão que vitimou 21 técnicos do CLA no ano de 2003 e adiou na época os projetos do Programa Espacial Brasileiro.

“Obra literária nunca tem um prazo ou um fim. A cada dia que você trabalha, se descobre algo mais interessante ou para acrescentar ou substituir o que está nessa obra”

Dividido em 37 capítulos, o livro tem prefácio assinado pelo ex-presidente da República José Sarney e saiu pelo selo Litograf. Além da tragédia propriamente dita e suas implicações, Élbio Carvalho retratou no livro parte da história da estruturação do Ministério da Aeronáutica, as discussões sobre a criação de uma escola voltada para a formação de especialistas em tecnologia espacial e a implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial em São José dos Campos (SP), entre outros aspectos.

“Nós fazemos um mergulho na história do Brasil até chegar ao Centro de Lançamento de Alcântara. Essa obra me rendeu bons frutos, pois foi muito requisitada por pessoas de fora do Maranhão. Tivemos solicitações de outros países, inclusive dos Estados Unidos, onde recebemos um e-mail do Pentágono solicitando dois exemplares. Eu tive ainda duas indicações a prêmio de jornalismo investigativo internacional”, contou o jornalista.

O próximo livro de Carvalho será lançado no início do mês de setembro deste ano e terá como título “A (in)feliz Perpetinha”, que contará a trajetória de Maria do Perpétuo Socorro Moreira, uma jovem grajauense que, levada para um convento, foi vítima de um ataque de índios Guajajaras no dia 13 de março de 1901. A previsão é que a obra seja lançada não apenas na capital maranhense, mas também nas cidades de Grajaú, Barra do Corda e Brasília.

Academia
O envolvimento do jornalista com a literatura não para por aí. Élbio Carvalho é um dos fundadores da Academia Grajauense de Letras e foi presidente da Casa entre os anos de 2006 e 2008. Atualmente, a instituição é presidida por Sálvio Dino. O jornalista ocupa a cadeira de número 17, cujo patrono é Porfírio Pereira, que foi professor de Élbio durante os tempos escolares.


O jornalista-escritor também está trabalhando em outras obras literárias. Uma delas aborda a vida do frei italiano Alberto Beretta, que desenvolveu trabalhos missionários na cidade de Grajaú e foi beatificado pelo papa João Paulo II. Na juventude, Élbio Carvalho teve a oportunidade de ser coroinha do sacerdote, ajudando-o nas celebrações das missas.

Esse trabalho ainda não tem uma data de quando será lançado. “Obra literária nunca tem um prazo ou um fim. A cada dia que você trabalha, se descobre algo mais interessante ou para acrescentar ou substituir o que está nessa obra”, destacou.

A outra produção ainda em andamento abordará os costumes dos índios guajajaras na região, debruçando-se sobre a cultura e tradição dessa população. Paralelamente, o jornalista também está finalizando um livro de poesias.

“Essa obra (“Centro de Lançamento de Alcântara: Tecnologia Derretida”) me rendeu bons frutos, pois foi muito requisitada por pessoas de fora do Maranhão”

Desde a infância, Élbio sempre foi apaixonado pela literatura, sendo um leitor voraz. Ele também sempre sonhou em cursar Jornalismo na faculdade e hoje não se arrepende da escolha. Após dedicar-se por mais de 30 anos à profissão, no futuro ele pretende trabalhar ainda mais na produção literária e em gestão escolar.


Atualmente, Élbio Carvalho faz um mestrado em Gestão de Educação, com a linha de pesquisa voltada para a Educação Indígena, além de ser um dirigente de um instituto educacional em Barra do Corda. Ele afirmou ainda não se considerar um antropólogo, mas é um estudioso das etnias Timbira, Guajajara, Canela e Gavião, entre outras da região de Grajaú, Barra do Corda e municípios vizinhos.

Mais

Élbio Carvalho é casado e pai de três filhas. O profissional já passou por redações de rádio, jornal impresso e está há 27 anos trabalhando no telejornalismo. Ele ingressou na equipe da TV Mirante no dia 30 de setembro de 1998, sendo que a sua primeira reportagem foi para o Bom Dia Mirante, onde noticiou a morte do prefeito de Presidente Dutra em um acidente de trânsito.

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