Denúncia

Temer se mostra otimista sobre votação na Câmara Federal

Presidente é alvo de um pedido de abertura de investigação que será apreciado pelos deputados federais na sessão de hoje

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Michel Temer se reuniu com lideranças no Planalto
Michel Temer se reuniu com lideranças no Planalto (Michel Temer se reuniu com lideranças )

BRASÍLIA - Em mais uma agenda positiva no Palácio do Planalto e na véspera da sessão que pode analisar a denúncia contra ele por corrupção passiva, o presidente da República Michel Temer (PMDB) fez um breve discurso na tarde de ontem, no Planalto e mostrou otimismo de que vai seguir até o fim do governo e "arrumar a locomotiva".

"Este gesto da Educação e da Saúde fazem aquilo que é o mote do nosso governo, recolocar o Brasil nos trilhos para que, com os trilhos aprumados, quem chegar a 2019 possa dirigir a locomotiva sem nenhum acidente nessa ferrovia", disse.

Temer, que chegou a dizer que traria um puxador de aplausos em outros eventos, fez questão de citar o máximo de parlamentares presentes na cerimônia. No entanto, desta vez, não arrancou o apoio da plateia com as palmas.

O presidente repetiu alguns trechos dos discursos que tem feito nas últimas semanas, reforçou que seu governo quer trabalhar em harmonia com o Congresso e também com os entes federativos. "Praticamos também a descentralização do executivo, damos grande autonomia aos nossos ministros", disse.

Ao citar a aprovação da reforma do ensino médio, Temer disse que ousou nesta medida, que estava parada "há mais de 20 anos" e lembrou que teve "até protesto" contra ela. "Os protestos nunca são do mérito, não é um discussão de conteúdo, e uma questão de natureza política", disse.

Entre os feitos que destacou do governo, Temer citou ainda a proposta de emenda constitucional (PEC) do teto dos gastos, que foi chamada de "PEC da morte", mas, segundo ele, "é, na verdade, a PEC da vida" e destacou ainda a modernização trabalhista "como avanço extraordinário".

Cerimônia - No evento de ontem o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou a autorização para a abertura de 11 novos cursos de Medicina no país. Segundo a pasta, os 11 cursos efetivados irão ofertar 710 novas vagas, de um total de 2.305 vagas a serem abertas em todo o Brasil.

Em seu discurso, Temer disse que a medida mostra que o governo está "ao longo do tempo fortalecendo a educação e a saúde". Segundo ele, a medida vai ajudar a levar médicos para o interior do país.

Durante um almoço com deputados federais da Bancada Ruralista, disse que espera por uma vitória na votação de hoje: "Seguramente. Quem ganha é o Brasil", afirmou à reportagem.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara e aliado de Temer, disse que a votação deve ser concluída ainda na tarde de hoje.

Saiba Mais

Após uma reunião das bancadas da oposição, deputados decidiram que vão questionar o rito estabelecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a votação da denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer marcada para hoje. "Solicitamos uma reunião com Maia; não dá para fazer um rito resumido. Votar a denúncia à noite é fundamental para que o trabalhador acompanhe", disse o líder da minoria na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE).

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