O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu a votação sobre o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) pelo arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer.
Havia cinco requerimentos na Mesa pelo adiamento da votação, mas Maia os colocou em bloco para votação do Plenário, que os rejeitou em votação simbólica, sob o protesto dos deputados da oposição.
Com o começo do processo votação do parecer, os deputados a favor e contra o arquivamento da denúncia contra Temer irão se revezar na tribuna. Após essa fase, os líderes encaminharão os votos de seus partidos e a votação, enfim, ocorrerá por chamada nominal, em ordem alfabética segundo as bancadas estaduais, alternando as Unidades da Federação do Norte e do Sul.
Falha - Antes mesmo de iniciar a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, deputados da oposição admitiam que o cenário era amplamente favorável ao peemedebista. A primeira derrota dos oposicionistas foi não conseguir impedir o governo de alcançar o quórum de 342 deputados para dar início à votação, o que aconteceu por volta das 12h30 desta quarta-feira, 2.
"Perdemos", afirmou o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE). Segundo ele, a oposição errou ao se inscrever para fazer discursos e, assim, contribuir com o quórum. Ele também afirmou que o governo foi bem-sucedido em convencer deputados dissidentes da base, como do PSDB, a marcar presença mesmo que votassem contra Temer
A expectativa agora é sobre o placar que Temer vai conseguir na votação. Deputados admitem que se a denúncia for barrada com mais de 300 votos representará "um desastre" para a oposição.
No cafezinho do plenário, espaço de confraternização dos deputados, integrantes da base do governo almoçavam e mantinham conversas descontraídas. Líder da maioria, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) disse esperar que a votação terminasse o quanto antes e que o governo teria um placar superior a 290 votos.
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