Educação pública

Professores da rede municipal não vão retomar as aulas hoje

Sindicato publicou edital convocando categoria a iniciar greve; movimento é decorrente da falta de negociações com relação ao reajuste salarial 2017

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Reforma na UEB Alberto Pinheiro não foi concluída
Reforma na UEB Alberto Pinheiro não foi concluída

SÃO LUÍS - O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) publicou edital convocando os professores da rede municipal a não retornarem à sala de aula a partir de hoje, quando deveria ter início o segundo semestre letivo 2017. Segundo a entidade, o movimento é decorrente da falta de negociações com relação ao reajuste salarial 2017 e da lentidão na reforma de escolas municipais.

O edital de convocação foi publicado dia 27. Nele, o Sindeducação informa que a partir de hoje os professores da rede municipal estarão paralisando as atividades por tempo indeterminado.

A greve geral da categoria foi aprovada em assembleia realizada dia 27 de maio. Durante a assembleia, ficou decidido que a Prefeitura de São Luís teria até dia 1º de agosto para avançar nas negociações da campanha salarial 2017. Entretanto, segundo o Sindeducação, até agora a administração municipal não procurou a entidade para dialogar sobre as reivindicações da pauta de negociações.

No edital, constam cinco motivos que levaram a categoria a decidir pela greve: a falta de infraestrutura das escolas; melhoria da qualidade da merenda escolar e do transporte escolar; segurança nas escolas; desvalorização dos profissionais do magistério e não concessão do reajuste anual dos professores.

Segundo Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, esta é a primeira vez em cerca de 10 anos que a Prefeitura de São Luís não sinaliza com reajuste salarial. “Desde 2013 a Prefeitura vem desobedecendo à Lei 11.738, que estabelece o piso salarial dos profissionais do magistério. Além de desrespeitar legislação municipal que estabelece que nosso reajuste salarial seja anual”, afirma.

Além disso, segundo a entidade, os professores e alunos sofrem com as péssimas condições de escolas. Faltam iluminação nas salas, ventiladores, merenda escolar, material pedagógico e condições de salubridade para o desenvolvimento das práticas pedagógicas. O Sindeducação afirma que mais de 30 escolas da rede municipal de ensino ainda não iniciaram o ano letivo 2017 por causa da falta de condições dos prédios, que não oferecem a estrutura adequada nem segurança para os profissionais e alunos.

[e-s001]Em vistoria à UEB Leonel Brizola, localizada no Turu, o Sindeducação verificou diversos problemas. Desde junho, a escola está paralisada por causa da reforma e os prazos de entrega estão sendo descumpridos. Entre os problemas da unidade de ensino está a presença de pombos, que acumulam sujeiras nos forros, além de serem um risco para a saúde dos alunos e professores. As salas não têm ventiladores e lâmpadas suficientes; os banheiros são impróprios para uso e também não tem iluminação; as janelas e forros estão danificados. Os educadores e educandos também sofrem com o forte odor da vala que fica localizada ao lado das salas.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que concedeu reajuste de 39,08% no acumulado dos últimos quatro anos de gestão para os professores da rede municipal e que já implantou mais de 12 mil direitos estatutários para a categoria, entre esses titulações e gratificações, como parte da política de valorização dos profissionais do magistério. A Semed comunicou ainda que a Prefeitura mantém em dia os vencimentos não só dos professores da rede municipal, mas de todo o funcionalismo público municipal.

Números
130 mil
estudantes estão matriculados na rede municipal de ensino.
280 escolas compõem a rede municipal

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