RIO DE JANEIRO - Os joelhos femininos são mais vulneráveis às lesões do que os masculinos. Pesquisas publicadas nos últimos 20 anos apontam que elas chegam a sofrer até sete vezes mais do que os homens com problemas na região. O motivo? Razões anatômicas. É o que explica o fisioterapeuta Igor Montenegro, do Instituto Trata, especializado no tratamento de dores no joelho e no quadril.
“Por ter um quadril mais largo, por exemplo, as mulheres estão mais sujeitas a ter um joelho valgo, ligeiramente virado para dentro. Essa postura tende a lateralizar a patela prejudicando o funcionamento do joelho e pode provocar o desenvolvimento de desgaste da cartilagem, artrose e traumas de menisco, entre outros problemas”, explica.
Outro agravante é a produção do hormônio feminino progesterona, que ao agir como um relaxante muscular, torna os músculos menos eficientes na absorção de impacto. Sobra, então, para o joelho suportar o ritmo de atividades mais intensas, como a corrida, cada vez mais popular também entre as mulheres.
Para que as mulheres não sejam obrigadas a abdicar de atividades físicas ou para que não sofram com dores, o fisioterapeuta reforça a importância ainda maior para as mulheres de sempre preparar o corpo para as atividades físicas.
“Primeiro, antes do início, é importante que não fuja ou minimizem os alongamentos e o aquecimento. É fundamental também que a rotina atividade em si tenha um equilíbrio entre o trabalho aeróbico e o de resistência. O uso de calçado adequado para o exercício, com um bom sistema de amortecimento, não pode ser negligenciado também”.
Ainda de acordo com o fisioterapeuta, a pessoa que sofre com joelho valgo devem evitar agachamentos e esportes que dobrem excessivamente os joelhos. É possível correr, mas não se pode exagerar na intensidade nem no tempo de exercício.
Para quem já sofre com dores, a fisioterapia pode ser um grande aliado ao auxiliar o fortalecimento de alguns músculos e de exercícios que enfatizam o alongamento:
“Músculos fortes permitem que o joelho tenha boa estabilidade, além de tornar atividades muito exigente para o joelho, relativamente, mais leve. O treinamento de força também fortalece a cartilagem, deixando-a mais resistente aos possíveis desgastes”.
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