Juízes

Venezuela detém magistrados nomeados pelo Parlamento

Maduro disse que os 33 magistrados indicados pelo Parlamento liderado pela oposição serão presos ''um a um'' e terão congelados os seus bens e suas contas bancárias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

CARACAS - A Assembleia Nacional da Venezuela denunciou ontem que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) deteve dois juízes nomeados no último dia 21 de julho.

O presidente da AN, o opositor Julio Borges, pediu à comunidade internacional que esteja "alerta diante da perseguição da ditadura" do presidente, Nicolás Maduro, contra os magistrados recém-indicados.

Zerpa iniciou na segunda-feira,24, uma greve de fome depois que um tribunal militar pediu sua prisão e, por isso, funcionários do Ministério Público indicaram ontem que comparecerão à sede do Sebin para "verificar" seu estado de saúde.

Maduro disse no domingo que os 33 magistrados indicados como tais pelo Parlamento serão presos "um a um" e terão congelados os seus bens e suas contas bancárias.

"Todos serão presos e todos terão seus bens congelados, as contas e tudo, e ninguém irá defendê-los", afirmou durante o seu programa semanal na emissora de televisão pública.

A oposição venezuelana aprovou na sexta-feira,21, as designações de novos magistrados semanas depois que a procuradora-geral, Luisa Ortega, impugnou sem sucesso as nomeações de 33 juízes que agora ocupam as cadeiras do Supremo por supostas irregularidades no seu processo de escolha.

Os juízes em exercício foram designados pelo parlamento quando este era ocupado pela maioria chavista em um processo relâmpago concluído em alguns dias, justo após a vitória opositora nas eleições legislativas de 2015 e antes que a nova maioria tomasse posse.

Após a escolha pelo parlamento dos 33 juízes paralelos, o Supremo advertiu os recém-nomeados que estavam incorrendo em "delitos de traição à pátria" contemplados pela Justiça Militar e, além disso, pediu "medidas de coerção" contra todos os que participaram dos supostos delitos.

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