Lei de saúde

Senado dos EUA aprova início de debates sobre revogação do Obamacare

Vice-presidente Mike Pence desfez empate depois de duas senadoras republicanas votarem contra medida; após rejeição de primeiros projetos, partido ainda não apresentou alternativa para substituir lei atual

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos decidiu ontem começar o debate sobre como revogar e, eventualmente, substituir a lei de saúde promovida pelo ex-presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare, ainda que não haja um projeto pronto para entrar em vigor.

O vice-presidente Mike Pence, como presidente do Senado, teve que desfazer o empate entre 50 votos a favor e 50 votos contrários. Duas senadoras da maioria republicana, Susan Collins e Lisa Murkowski, votaram contra a medida, ao lado dos democratas.

Os republicanos do Senado não entram em acordo sobre como derrubar o Obamacare, mas, depois das pressões do presidente Donald Trump, o líder da maioria colocou em votação o início do debate, sem um texto concreto para uma nova reforma de saúde.

Até o momento, os três projetos apresentados para substituir o Obamacare geraram mais divisão do que consenso entre os republicanos, que têm a maioria do Senado, mas parecem incapazes de acertar uma saída viável para cumprir uma das principais promessas de campanha de Trump.

Um dos destaques da sessão desta terça foi a presença crucial do senador republicano John McCain, diagnosticado com um câncer no cérebro e que retornou a Washington exclusivamente para votar.

As alternativas apresentadas pelos republicanos até o momento deixariam pelo menos 22 milhões de pessoas sem plano de saúde nos próximos dez anos, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.

Todos os democratas, além das duas senadoras republicanas citadas, votaram contra o início do debate.

No entanto, os votos de outros seis republicanos eram considerados como uma incógnita até pouco antes da sessão, já que eles se opuseram a todos os projetos de lei apresentados até o momento para revogar o Obamacare.

Por esse motivo, essa pequena vitória não garante que os republicanos consigam aprovar algum texto para substituir a lei do ex-presidente Barack Obama.

Trump agradece

Após a votação, o presidente Donald Trump divulgou um comunicado agradecendo ao Senado pela aprovação. "Aplaudo o Senado por dar um gigante passo para encerrar o pesadelo do Obamacare. Como essa votação demonstra, inação não é uma opção, e agora o processo legislativo pode prosseguir como intencionado para produzir uma lei que reduza custos e aumente opções para todos os americanos. O Senado deve agora aprovar uma lei e colocá-la sobre minha mesa para que possamos finalmente encerrar o desastre do Obamacare de uma vez por todas", diz o texto.

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