O senador Roberto Rocha (PSB) fez um apelo ao governador Flávio Dino (PCdoB), em seu perfil, em rede social, de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na fatura de energia elétrica do Maranhão.
O apelo se deu em decorrência do aumento expressivo já anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de cerca de 19% na cobrança tarifária do estado.
Rocha explicou que estuda medidas para apresentar como proposta de redução real do valor que deverá ser cobrado do consumidor maranhense a partir de setembro, mas ponderou que o chefe do Executivo possui poder para interferir decisivamente no imbróglio.
“Nesta semana reuni com Aneel, Eletronorte e consultores do MME [Ministério de Minas e Energia] e do Senado sobre a altíssima tarifa de energia elétrica no Maranhão. Como justificar a maior tarifa de energia no estado com a menor renda per capita e o segundo pior IDH? Absurdo inaceitável. Estamos estudando caminhos para apresentar no mês de agosto. Mas, o governador do estado do Maranhão pode ajudar. Basta diminuir o ICMS”, sugeriu.
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (PSB), contudo, reagiu. Para ele, a proposta de Rocha é oportunista.
“Esse discurso não é de quem quer resolver o valor da tarifa de energia, mas de quem quer fazer média com a opinião pública. Lamentável”, rebateu.
Aumento – O governador Flávio Dino (PCdoB) sancionou em 15 de dezembro de 2016 a Lei nº 10.542/2016 que modifica o Sistema Tributário do Estado e altera alíquotas do ICMS.
A lei entrou em vigor no dia 15 de março deste ano e provocou aumento no ICMS de vários produtos e serviços no estado, como energia elétrica, combustíveis – exceto o óleo diesel , cigarros, TV por assinatura, telefonia e internet.
Os maiores impactados foram os consumidores residenciais de energia elétrica. Pelo texto da Lei 7.799/2002, quem consomia até 500 quilowattshora por mês pagava 12% de ICMS. Com a lei de Flávio Dino, passou a pagar 18%. Um aumento real de 50% na alíquota.
Quem consumia mais – acima de 500 quilowattshora/mês também teve custo aumentado com a lei de autoria do Executivo: a alíquota do imposto subiu de 25% para 27%.
O governo reajustou, ainda, as alíquotas de álcool e gasolina no Maranhão, que passaram de 25% para 26%.
A importação de fumos e seus derivados foi taxada em 27% e não mais em 25%, o que refletiu no preço do cigarro comercializado no estado. E até os serviços de telefonia e de TV por assinatura subiram, já que a alíquota passou de 25% para 27%.
Com a proposta da Aneel de aumento de 19% na tarifa da energia elétrica, o consumidor maranhense deve sair penalizado.
Saiba Mais
- Dino cita "supostas pedaladas" e critica linha fiscal do governo
- Bastidores: deputado confirma PL na oposição a Flávio Dino na Assembleia
- Flávio Dino repudia ataque de deputado a líderes da Igreja Católica
- Roberto Rocha repudia Flávio Dino e o chama de "filhote de ditador"
- Dino volta a elogiar Brandão e indica a escolha para sucessão
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.