Marcha

Pastor evangélico acusa Flávio Dino de ato grosseiro em Imperatriz

Líder de igreja evangélica diz que governador tomou microfone para discursar a platéia da “Marcha para Jesus”; em 2015, comunista impediu prefeita de Lago da Pedra de falar

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
(Flávio Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a envolver-se em polêmica ao ser acusado por um pastor evangélico de Imperatriz de atos truculentos durante o evento denominado “Marcha para Jesus”, no último sábado, 15.

Num áudio que começou a circular nas redes na manhã de ontem, o líder da Assembleia de Deus conhecido como Pastor Nonato reclama que teve o microfone tomado de suas mãos pelo comunista, que discursou à platéia presente.

“Muito bem, nos perdoe, aqui é um culto, mas eu não vou brigar. Ok? Tá perdoado. Não fui eu que dei oportunidade nem para governador, nem para ninguém. Ok? Tomou o microfone da minha mão, então, nós fazemos diferente, nós oramos e respeitamos eles. Muito obrigado”, diz o pastor. O áudio foi gravado ainda durante o evento, depois de um rápido discurso do governador.

O ato de truculência de Dino já vinha sendo relatado por pessoas que participaram do evento desde o fim de semana. As imagens do discurso do governador, no entanto, foram feitas apenas pela assessoria dele e o desfecho da crise, por isso, acabou não sendo gravado.

Segundo jornalistas de Imperatriz, Flávio Dino e o pastor chegaram a bater boca quando o microfone estava desligado e o comunista teria exigido respeito após ser confrontado.

À platéia presente, depois de, segundo pastor, ter-lhe arrancado o microfone das mãos, o governador disse que o Executivo apoiava a “Marcha para Jesus” porque “acreditamos na mensagem de fraternidade, de justiça e de verdade que Jesus Cristo trouxe”.

Durante o discurso, é possível perceber que o deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB) parece nervoso e conversa reservadamente com o pastor.

Edição – A reportagem de O Estado encaminhou pedido de nota sobre o ocorrido à Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos (Secap), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Nas redes, aliados do governador e funcionários do Palácio dos Leões reagiram à divulgação do caso, reclamando do fato de que o áudio da fala do pastor foi editado junto com um vídeo que não retrata o exato momento em que o líder evangélico efetivamente falava sobre o episódio.

Acusam o comunicador que produziu o material de trucagem e montagem para prejudicar o governador

Em 2015, Flávio Dino envolveu-se em polêmica com Maura Jorge

O episódio envolvendo o governador Flávio Dino (PCdoB) e um pastor da Assembleia de Deus assemelha-se a um já célebre ato de truculência do comunista. Em novembro 2015, durante agenda do governo em Lago da Pedra, ele tentou impedir que a prefeita do município, Maura Jorge (Podemos) – hoje sua adversária na disputa pelo Executivo –, discursasse no evento.

Dino estava no município para anunciar um conjunto de investimentos para as áreas de saúde, educação, saneamento, regularização fundiária e infraestrutura.

Também presente, Maura Jorge queria que lhe fosse concedida a palavra para tratar das principais demandas de Lago da Pedra, mas foi impedida de falar e chegou a bater boca com Flávio Dino no palanque.

Inconformada, a então prefeita deixou o palanque e, junto com aliado e parte da população presente, acabou realizando uma mini-caminhada pela cidade.

Em entrevista a O Estado há duas semanas, ela lembrou do episódio, ao comentar o fato de que, hoje, eles são adversários diretos. “Quem vai julgá-lo é o povo”, diz

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