Lava Jato

STF analisará em outubro denúncia contra pepistas

Sete políticos do PP podem se tornar réus em ação em que são acusados de corrupção passiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Deputado Arthur Lira é um dos denunciados na Operação Lava Jato
Deputado Arthur Lira é um dos denunciados na Operação Lava Jato (arthur Lira)

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá analisar em setembro a denúncia apresentada em março do ano passado pelo Ministério Público contra sete políticos do PP no âmbito da Operação Lava Jato.
São alvos da denúncia os deputados Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS), Roberto Pereira de Britto (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL) e Mário Negromonte Júnior (PP-BA), além dos ex-deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA).
Os sete políticos do PP foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva e ocultação de bens pelo suposto recebimento de propina em contratos de empreiteiras com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os negócios eram fechados em valores superfaturados e pagos pelas empresas aos políticos para manter o esquema com aval do ex-diretor Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP para o cargo.
Se a denúncia for aceita pela maioria dos ministros do STF, será aberta, então, uma ação penal, na qual poderão ser apresentadas novas provas e ouvidas testemunhas. A decisão sobre tornar os políticos réus será tomada pela Segunda Turma do Supremo, integrada pelos ministros Edson Fachin (relator do caso), Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Celso de Mello.

Collor também pode virar réu

O STF deverá analisar também - só que na segunda quinzena de agosto - a denúncia apresentada em agosto de 2015 contra o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) na Operação Lava Jato.
Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por supostamente receber, junto com a mulher e outras pessoas, R$ 30 milhões em propina em contratos da BR, distribuidora de combustíveis da Petrobras. Se aceita a denúncia, será aberta ação penal durante a qual poderão ser apresentadas novas provas e serão ouvidas testemunhas. A PGR pede, além da condenação, a devolução de R$ 184,9 milhões aos cofres públicos.

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