Pesquisa

Intenção de consumo em São Luís aumenta 14,4%

Confiança do consumidor, que alcançou 96,9 pontos de 200 possíveis, está em um patamar considerado “indiferente”, segundo pesquisa da Fecomércio-MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Fecomércio prevê que 2017 termine com o crescimento acumulado de 2,5% no volume de vendas do comércio
Fecomércio prevê que 2017 termine com o crescimento acumulado de 2,5% no volume de vendas do comércio (comercio h)

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), alcançou 96,9 pontos em julho em São Luís, em uma escala que vai de 0 a 200 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador revelou um crescimento de 14,4%, e na evolução mensal o índice registrou queda de -1,1% em relação ao mês imediatamente anterior, embora mantenha-se no segundo maior nível dos últimos 12 meses.

De acordo com a Fecomércio, o resultado demonstra a contínua evolução da confiança das famílias registradas nos últimos meses. “Apesar da queda em relação ao mês anterior, a confiança do consumidor segue em trajetória positiva em relação ao mesmo período do ano passado. Este indicador demonstra a melhora das expectativas do consumidor em realizar gastos, evidenciando um cenário econômico favorável de juros mais baixos, redução da corrosão do poder de compra dos salários impactada por uma inflação em forte queda nos últimos meses, e mercado de trabalho em recuperação”, explica o presidente em exercício da entidade, Marcelino Ramos Araújo.

Percepção

Para o mês de julho deste ano, segundo os sete itens analisados pelo indicador ICF, a queda relativa mensal foi puxada, principalmente, pelos subitens Nível de Consumo Atual (-10,5%) e Perspectiva Profissional (-7,0%). Por outro lado, os subitens de Perspectiva de Consumo (+17,6%) e Acesso ao Crédito (+3,1%) impediram o recuo comparativo mais acentuado do índice no período.

“O Nível de Consumo Atual e a Perspectiva de Consumo estão relacionados à percepção dos consumidores acerca do desempenho da economia, ou seja, a curto e médio prazo vislumbramos um cenário econômico com possibilidades positivas de estabilização da renda familiar, mediante gradual redução do ritmo de demissões, como foi verificado nos meses de maio e junho”, acrescenta Marcelino Ramos Araújo.

Cenário

De acordo com a metodologia da pesquisa que vai de 0 a 200 pontos, a marca absoluta de 100 pontos é considerada a zona de indiferença do consumidor, ou seja, somente podem ser consideradas situações de otimismo os valores acima dessa referência.

Os destaques absolutos na formação do ICF no mês de julho foram os subitens Perspectiva Profissional (165,6 pontos), Renda Atual (110,0 pontos) e Acesso ao Crédito (107,2 pontos), que se encontram acima da zona de indiferença do consumidor. Já os realces de baixo otimismo do ludovicense ficaram por conta dos subitens Momentos para Duráveis (57,5 pontos), Perspectiva de Consumo (63,6 pontos) e Consumo Atual (73,0 pontos), indicadores que registraram os baixos níveis absolutos.

De modo geral, a Fecomércio prevê que o ano de 2017 encerre com o crescimento acumulado de 2,5% no volume de vendas do comércio varejista restrito. A previsão é feita com base nos resultados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada mensalmente pelo IBGE, e que já indica uma variação positiva de 1,2% no volume de vendas no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Além disso, segundo a pesquisa, o varejo ampliado maranhense, que agrega os setores de materiais de construção e automóveis, já registra avanço acumulado de 3,1% até maio.

Entenda

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo), nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. Em outras palavras, é um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores, tornando-o uma ferramenta poderosa para o planejamento do comércio e de outras atividades produtivas.

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