Mercado de trabalho

Quanto maior a escolaridade, menor o nível de desemprego

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que trabalhadores com ensino médio e superior sofrem menos com o fechamento de vagas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

Brasília

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam: quem tem mais escolaridade sofre menos com o desemprego. De janeiro a maio deste ano, quando o emprego formal começou a apresentar saldos positivos, apenas os trabalhadores que tinham até o ensino fundamental (completo ou incompleto) não acompanharam esse crescimento. Entre as pessoas com ensino médio e ensino superior, mesmo incompleto, o saldo de vagas foi positivo.
O melhor desempenho foi entre trabalhadores com ensino superior. Nos primeiros cinco meses do ano, eles acumularam 84,65 mil novos postos. Aqueles com ensino médio fecharam o período com um saldo positivo de 43,1 mil vagas. E os trabalhadores que tinham até o ensino fundamental registraram um resultado negativo de 102,5 mil colocações formais.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, diz que os números confirmam o que o governo já vem trabalhando para resolver. “Por isso que o Ministério do Trabalho investe cada vez mais na qualificação dos trabalhadores. Nós sabemos que essa é uma das dificuldades e estamos trabalhando para levar esse equilíbrio ao mercado de trabalho”, afirma o ministro.
Se for considerado apenas o mês de maio, quando trabalhadores de todas as faixas etárias tiveram desempenho positivo, os trabalhadores com escolaridade superior apresentaram melhor desempenho. O saldo de empregos dos trabalhadores com ensino superior (completo ou incompleto) correspondeu a 4,5% das admissões, enquanto para os empregados com até o ensino fundamental completo foi equivalente a 3,7% das contratações e para os empregados com ensino médio (completo ou incompleto), 2,0% das admissões.
No acumulado dos últimos 12 meses, quando todos os trabalhadores sofreram com os saldos negativos de emprego formal, os que tinham escolaridade maior, foram os menos prejudicados, com o encerramento de 54,36 mil postos. Entre os trabalhadores com ensino médio o saldo ficou negativo em 249,97 mil, e os que tinham ensino fundamental sofreram com o fechamento de 583,28 mil vagas, o maior número entre as três classificações.
Setores
Se observados os resultados dos setores de atividade econômica também há diferença entre os graus de escolaridade. Em maio, trabalhadores com ensino superior tiveram um resultado melhor na área de serviços, onde foram criados 6,4 mil empregos formais para esses trabalhadores. No comércio, foram abertas 1,4 mil vagas e na administração pública, 954.
Para os trabalhadores com ensino médio, os saldos mais positivos foram registrados na agropecuária (9,9 mil vagas); nos serviços (5,7 mil); na indústria da transformação (3,1 mil postos); e construção civil (1,4 mil postos).
E as pessoas sem escolaridade ou com ensino fundamental apresentaram desempenho positivo apenas na agropecuária, que abriu 36 mil postos para esses trabalhadores, e nos serviços industriais de utilidade pública (apenas 141 postos).

Mais

Recorte Regional

Os estados que abriram o maior número de vagas para trabalhadores que estudaram até o ensino fundamental, em maio, foram Minas Gerais (13,21 mil), São Paulo (7,46 mil), Espírito Santo (3,26 mil) e Bahia (2,66 mil). Esse resultado pode ser em função das contratações do setor agropecuário, que atingem especialmente essa faixa de trabalhadores e teve desempenho positivo no último mês devido às culturas do café, laranja e cana-de-açúcar, que são fortes nesses estados.

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