Opinião

A função da imprensa

A imprensa, hoje, no Brasil, tem ampla liberdade. Por isso, é realmente forte

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

Desde a idade da pedra (paleolítica e neolítica), quando os homens procuravam comunicar-se através dos símbolos e sinais, a imprensa já tinha seu papel importante.

As inscrições ideográficas, a que se refere Evans em Creta, desvendadas somente em 1950 por Ernst Sittig, professor universitário na Alemanha, são indicadores fortes, autênticos, marcantes na história da imprensa.

Há informações de que, já no ano de 1750 antes de Cristo, no reinado de Thoutmés III, já existia um jornal oficial. Ao tempo de Faraó Amarsis, existiam jornais satíricos, que faziam críticas à sua administração.
O jornal King-Pao foi o primeiro que circulou em Pequim. Em Roma antiga, antes das Acta diurna, existiam os anais dos Pontífices.

No século XV, em Veneza, surgiu um pequeno jornal “Gazeta”, que, de início, era manuscrito, distribuído semanalmente, numa época em que a Itália era considerada o centro de cultura, de negócios e asilo da liberdade na Europa.

Mas na história da imprensa tem espaço enorme, João Gensfleisch de Sorgeloch, conhecido mais tarde, no de 1436, por Gutenberg, que inventou os caracteres tipográficos. A partir daí realmente a imprensa cresceu e se impôs no mundo inteiro.

Em seu livro “O Problema da Imprensa”, Barbosa Lima Sobrinho diz: “É certo que tivemos uma imprensa em 1706, aproximadamente, aparecida em Pernambuco, outra que surgiu no Rio Janeiro sob a direção de Isidoro da Fonseca, no ano de 1747, e ainda uma terceira, que, em 1807, o padre Viegas de Menezes fundou em Vila Rica, Minas Gerais; mas foram suprimidas por ordem do governo português”.

Logo após proclamada a independência do Brasil, a primeira Assembleia Constituinte cuidou logo de elaborar uma Lei de Imprensa. Já havia aí demonstração de que a imprensa brasileira começava realmente a impor-se no meio político, como um poder respeitável, temido por todos.

De lá para cá, a imprensa tem passado, em nosso país, por vários períodos de ditaduras. Perseguida, agredida, nunca parou com a sua missão de divulgar fatos e criticar pessoas.

A imprensa, hoje, no Brasil, tem ampla liberdade. Por isso, é realmente forte. É um poder muito temido. Tem-se constituindo nesses últimos anos numa verdadeira tribuna democrática.

Mesmo assim, deve ter o cuidado de não se transformar numa imprensa-policial, atuando apenas na função de investigar, para não servir de instrumento a disfarçados ditadores, autoritários, trapaceiros, que sabem muito bem esconder-se atrás do anonimato, impondo a todos a sua crueldade mental.

A imprensa livre é importante quando atua realmente em defesa dos interesses do povo, servindo como verdadeiro agente na construção ou no aperfeiçoamento do regime democrático, buscando sempre uma ordem ou organização social mais justa possível.

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