Evitando a crise

Cuidados para controlar as doenças respiratórias

Medidas, como evitar exposição aos poluentes emitidos pelo transporte urbano e procurar tratamento adequado nas grandes cidades, ajudam pacientes com doenças como a asma a conviver com a poluição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Asma é uma doença crônica, inflamatória e alérgica que leva à falta de ar, chiado no peito e tosse
Asma é uma doença crônica, inflamatória e alérgica que leva à falta de ar, chiado no peito e tosse (asma doenças respiratórias h)

SÃO PAULO - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 98% das cidades com mais de 100 mil habitantes em países emergentes registram índices de poluição que excedem o limite recomendado pela organização. Estes poluentes podem acarretar problemas respiratórios para a população exposta a eles, aumentar o número de internações devido a doenças respiratórias em crianças e idosos e agravar os sintomas de algumas doenças respiratórias crônicas como a asma, por exemplo.

A asma é uma doença crônica e inflamatória de causa alérgica que leva à falta de ar, chiado no peito e tosses, podendo provocar outros impactos na vida de pacientes, como insônia, uma fadiga que dificulte a realização de atividades cotidianas e faltas no colégio e no trabalho. A exposição a poluentes do ar, de que as metrópoles apresentam maiores índices, piora os sintomas da doença e, quando a poluição está particularmente intensa, aumentam as internações por asma em hospitais em função das crises provocadas nos pacientes.

No entanto, alguns hábitos e opções de tratamento podem ajudar a manter os sintomas da asma sob controle, garantindo melhor qualidade de vida e mínimo impacto na rotina de pacientes, inclusive para aqueles que vivem em grandes centros urbanos.

De acordo com a vice-chefe do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Ana Luisa Godoy, é necessário mudar rotinas. “Para evitar complicações respiratórias e a piora de sintomas de doenças como a asma nas metrópoles é importante tomar alguns cuidados em relação, principalmente, aos poluentes emitidos pelo transporte. Esses cuidados incluem algumas mudanças de hábitos. Praticar exercícios, por exemplo, é benéfico para o controle da doença, mas deve-se evitar praticá-los em locais de grande circulação de veículos automotores, evitar ruas aglomeradas e horários de pico do transporte para fazer caminhadas, manter ambientes arejados e limpar constantemente aparelhos de ar-condicionado”, afirma.

Estes cuidados, que têm caráter preventivo, contribuem para evitar que pacientes com asma sofram crises, internações e até fatalidades, principalmente em crianças e idosos, grupos mais suscetíveis a sofrer essas consequências.

É importante ter esses fatores em vista, pois, de acordo com a pesquisa “Panorama da Saúde do Brasileiro”, encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao Ibope Inteligência, 91% dos asmáticos consideram sua asma como “controlada”, mas 72% continuam percebendo consequências da doença em atividades de rotina.

No entanto, quando tratada adequadamente e com sintomas controlados, nenhum impacto significativo deve ser identificado na rotina de pacientes. De acordo com Ana Luisa Godoy, “apesar da poluição das metrópoles aumentar a incidência e prevalência de doenças respiratórias agudas e crônicas, é possível viver bem e com saúde nesses espaços, mas isso requer que o paciente, além de reajustar seus hábitos, procure o acompanhamento de um especialista para indicação do tratamento mais adequado”.

Sob controle

Para saber se a a asma está sob controle, o Global Initiative for Asthma (Gina) instrui pacientes a verificarem se apresentaram algum dos itens abaixo nas últimas quatro semanas:
- Sintomas diurnos mais de duas vezes por semana
- Despertares noturnos devido à asma
- Uso de medicamento de resgate mais de duas vezes por semana;
- Qualquer limitação de atividade devido à asma

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