Violência

Morte de agente penitenciário provoca reação na Assembleia

Deputados pediram ação enérgica da Secretaria de Segurança Pública e melhores condições de trabalho a agentes penitenciários do estado

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Roberto Costa e Wellington do Curso cobraram ações na Segurança Pública
Roberto Costa e Wellington do Curso cobraram ações na Segurança Pública (Roberto Costa e Wellington do Curso)

SÃO LUÍS - A morte do agente penitenciário Jorge Luís Lobo da Cunha, de 36 anos de idade, que ocorreu no último domingo na Avenida Litorânea, principal ponto de lazer de São Luís no período das férias escolares e um dos principais atrativos turísticos da capital, provocou reação de deputados na Assembleia Legislativa.

Na sessão de ontem, Roberto Costa (PMDB) e Wellington do Curso (PP) trataram do tema na tribuna da Casa, e cobraram ação enérgica da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e melhores condições de trabalho aos agentes penitenciários do estado.

Costa afirmou ter sido procurado por agentes penitenciários logo após o crime contra o servidor. Os profissionais que atuam no sistema penitenciário do estado relataram uma série de problemas.

Dentre as reivindicações dos agentes, está o direito ao ticket refeição e ao adicional por insalubridade, segundo o peemedebista. Ele disse ter levado o tema ao secretário de Estado de Administração Penitenciária, Sérgio Murilo.

“O secretário me informou que em relação a esses outros pontos, insalubridade, ticket refeição, isso está, digamos assim, está proibitivo na lei dessas contratações. Ela não permite nenhum tipo de benefício a mais do salário. Mas, mesmo assim, eles sabem dessa situação e, preocupado em relação a essa problemática, vai tentar junto ao corpo jurídico da secretaria buscar uma fórmula para resolver esse problema, que não é fácil”, destacou.

Roberto Costa também falou da necessidade de se garantir porte de arma ao agente penitenciário, sobretudo por conta das ameaças de membros de facções criminosas que atuam no estado.

Violência – Já o deputado Wellington do Curso, que subiu à tribuna logo depois de Costa, enfatizou o fato de o assassinato do agente penitenciário ter ocorrido num dos principais cartões postais da cidade, e cobrou respostas da Segurança Pública.

“Em apenas dois dias, foram registradas 18 mortes violentas na Grande Ilha. Estamos em um cenário em que de um lado, temos a segurança da propaganda, em que o Governo valoriza os agentes de Segurança Pública, entrega 577 viaturas e desenvolve tantas outras ações. Do outro, temos a realidade: assassinatos e diversos assaltos que ocorrem diariamente. Enquanto na propaganda a segurança está muito bem, na realidade a população padece com a criminalidade”, disse.

Wellington também cobrou respostas em relação ao destino das 577 viaturas policiais adquiridas pelo Executivo.

“O estudante, o pai de família, o trabalhador não quer propaganda. O maranhense quer é ação. Trago aqui as denúncias de maranhenses que, por exemplo, ligam e aguardam horas e horas por uma viatura. Isso quando chega. A culpa não é do policial. Eu sei disso. Fica o questionamento: onde estão as 577 viaturas adquiridas?”, finalizou.

Saiba Mais

Nenhum membro da base governista rebateu o tema ou fez ponderações em relação às cobranças feitas na área da Segurança Pública.

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