Rios do MA

Roberto Rocha diz que está fazendo o trabalho de Flávio Dino

Na sexta-feira, 7, durante participação no Seminário de Recuperação dos Rios, realizado em Caxias, o socialista sugeriu que o ex-aliado comunista exerça sua função de Executivo

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

O senador Roberto Rocha (PSB) voltou a direcionar pesadas críticas ao governador Flávio Dino (PCdoB), seu provável adversário na corrida eleitoral de 2018.

Na sexta-feira, 7, durante participação no Seminário de Recuperação dos Rios, realizado em Caxias, o socialista sugeriu que o ex-aliado comunista exerça sua função de Executivo e junte-se a ele no esforço de salvar os rios maranhenses.

Roberto Rocha falou a mais de 300 pessoas que está fazendo muito mais do que sua função, como legislador, e assumindo as vezes de gestor do executivo estadual, por causa da ausência do governo.

“Eu estou ultrapassando muito os limites da minha competência. A minha competência é legislar e fiscalizar. Mas eu sei que o povo do Maranhão, como o resto do povo brasileiro, quer muito mais de um parlamentar. Às vezes, um senador é confundido com um governador. Mas eu sou do Poder Legislativo. Quem tem o poder Executivo é o governador, o prefeito ou o presidente. Mas a gente está fazendo ações executivas. Eu tentei muito que isso fosse feito com o Executivo estadual”, disse.

Rocha insinuou que as divergências políticas com o governador do Maranhão têm sido motivo para boicotes a projetos dos quais ele faz parte. O senador acrescentou que, por isso, tem buscado apoio de órgãos ligados ao governo federal.

“É em razão de problemas de natureza política, na execução de obras para o Maranhão, que eu tive que buscar órgãos executivos do governo federal. Por isso que, além da Codevasf, Embrapa, Denocs, trouxemos a presença do Exército Brasileiro para fazer o serviço de desassoreamento dos rios. Pedi o apoio do Exército para cuidar das nossas águas”, destacou.

Ao falar especificamente sobre o Rio Itapecuru – que passa na cidade de Caxias – Roberto Rocha pontuou que ele nasce na cidade de Mirador e deságua em São Luís. “É um rio maranhense, não um rio federal”, disse ele. “Portanto deveria estar sendo cuidado pelo governo estadual”, completou.

Após reafirmar que o trabalho em prol das bacias hidrográficas maranhenses é do governo do estado, Rocha convidou o governo do estado a fazer a sua parte.

“Essa questão não é nossa, volto a dizer. O Governo do Maranhão está convidado para, se, assim desejar, participar desse esforço, que não de um senador, de um prefeito ou de uma pessoa. É o esforço de um estado que procura se levantar para, pela primeira vez, ouvir a voz dos rios, do jeito que tem a voz das ruas. Estamos ouvindo os rios, que pedem socorro. Então, se o governo do estado quiser sentar na mesa para poder contribuir, nós estamos de braços abertos, porque essa é uma política de estado”, completou.

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