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Base aliada faz mudanças na composição da CCJ para ajudar Temer

Diante de uma provável derrota, base aliada do presidente da República fez trocas em membros da comissão para conseguir votos favoráveis a Michel Temer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, tenta acelerar processo de tramitação de denúncia contra Temer
Presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, tenta acelerar processo de tramitação de denúncia contra Temer (Rodrigo Pacheco)

Brasília - Sem votos para garantir uma vitória do governo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a base aliada formalizou na manhã desta segunda-feira, 10, mudanças na composição do colegiado.

O vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), já aparece oficialmente como membro titular da comissão no lugar de José Fogaça (PMDB-RS), que virou suplente. Membro da "tropa de choque" do governo, Marun abriu a temporada de trocas na comissão quando foi colocado na suplência no lugar de Valtenir Pereira (MT), que trocou o PMDB pelo PSB

O PTB também tirou da vaga de titular Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), notório opositor do governo. Faria de Sá foi para suplência no lugar de Giovani Cherini (PR-RS) e para a vaga de titular do PTB foi formalizado Nelson Marquezelli (PTB-SP).

Na bancada do PSD também há perspectiva de mudanças na representação na CCJ. Evandro Roman (PSD-PR) deve substituir Expedito Netto (PSD-RO) como titular.

Só o Solidariedade fez quatro trocas nos últimos dias. Primeiro saiu Major Olímpio (SD-SP), que votaria contra o governo, e entrou o líder da bancada, Áureo (SD-RJ), na vaga do titular. Olímpio foi para a suplência. Na sequência, Áureo deixou a vaga de titular e indicou Laércio Oliveira (SD-SE), reconhecido governista, para votar como titular.

Em uma vaga de suplente cedida pelo PROS, o Solidariedade formalizou a indicação de Wladimir Costa (SD-PA). Costa ficou conhecido na Casa por ser defensor do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética mas, no dia da votação da cassação no colegiado, mudou de posição diante da pressão da opinião pública.

Pressa - O esforço dos partidos da base aliada é garantir que governistas tenham prioridade de voto na apreciação do relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que será divulgado hoje. Como a perspectiva é de que o parecer será pela admissibilidade da denúncia, os governistas atuam para reverter o cenário ruim e avisam que podem fazer mais substituições.

Ontem, líderes partidários e ministros se reuniram com o presidente Michel Temer para traçar estratégias que acelerem a votação na Câmara. Na CCJ, o esforço é não só para garantir o quórum da sessão de hoje como votar o parecer até quinta-feira, 13. O objetivo é liquidar o assunto no plenário da Câmara antes do recesso, que começa na terça-feira, 18.

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