Comportamento

Diversão e descanso em família

Psicóloga explica importância do descanso nas férias e dá dicas de como reorganizar as ideias para aproveitar bem esse tempo com as crianças

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Horário livre deve ser ocupado com atividades lúdicas
Horário livre deve ser ocupado com atividades lúdicas

É chegado o período das tradicionais férias escolares. Muitos pais e mães aproveitam e também saem de férias do trabalho para aproveitar melhor o tempo com os filhos. Já outros não conseguem essa folga e se veem preocupados com tantos afazeres em casa, já que a meninada deixa de ir à escola em julho. E aí, o que fazer? Para quem está com a saúde financeira melhorada, uma alternativa muito comum é inscrever as crianças em colônias de férias. Mas quem não tem essa possibilidade não precisa se desesperar, afinal, mais do que ocupar o dia das crianças, os pais precisam entender a importância do descanso na vida delas.


A psicóloga Joelina Abreu, do Hapvida Saúde, entende que o tempo das férias é importante e fundamental para o descanso físico e psicológico, essenciais quando se quer reorganizar os pensamentos. “É essencial compreender que se concluiu uma etapa e, após o descanso, outra fase será retomada. Em geral, a rotina escolar é cansativa e exigente; muitas são até mesmo superestimuladas. Mas, assim como os adultos, o corpo e a mente infantis cansam. Aí entra a necessidade do descanso e da brincadeira”, recomenda a especialista.


Brincar
Normalmente, no dia a dia, não resta muito tempo para brincar e passear, atividades propiciadas durante as férias. Mas nem todo tipo de atividade é recomendada nesta fase. As atividades de cunho pedagógico, por exemplo, só são indicadas se forem feitas de maneira lúdica, pois o estudo clássico pode ser enfadonho.
O ideal é permitir que a criança aprenda enquanto se diverte e se distrai. “Uma dica, por exemplo, é os pais levarem os filhos para a cozinha e, juntos, fazerem um bolo. Dá pra contar quantidades e ensinar matemática, ensinar química, além de outros campos do conhecimento, sem fórmulas, afinal, não é hora de estudar.”

Brincadeira forçada
Nem tudo o que os pais acham que os filhos gostam de fazer corresponde à realidade. Não dá para forçar a barra. Por isso, a psicóloga sugere que os pais conversem bastante com os filhos sobre aquilo o que eles querem fazer.
“Muitas famílias querem envolver as crianças em atividades que não as agradam e isso é um erro, evitado com muito diálogo”, alerta.
“O que os pais podem fazer também, embora seja difícil, por causa da rotina de trabalho, é reservar os fins de semana para fazer outras atividades com as crianças. Ou então, no fim de um dia, à tarde, por exemplo, fazer um passeio, ir ao cinema, fazer um lanche. O importante é que esse contato seja prazeroso”, recomenda.

Casa da vovó
Feliz aquele que tem os avós por perto. São eles que permitem tudo e não têm mais amarras, como o trabalho, por exemplo, que os impeçam de brincar livremente com as pessoas que mais amam no mundo, os netinhos. É aí que entra outra sugestão da psicóloga Joelina Abreu.
“O contato com os avós constrói laços fortes e lembranças de momentos importantes que ajudam na construção da personalidade de cada indivíduo. O melhor é explicar aos avós como é a rotina da criança, para que os horários das refeições, principalmente, não sejam tão alterados, mas vô e vó têm licença-poética para mimar os netos, por tempo bem determinado”, brinca a especialista.

Tecnologia
As crianças e os adolescentes adoram, mas é preciso ter muito cuidado com o tempo que eles costumam dedicar a ver televisão ou ficar na internet, em tablets, celulares e jogos. O período dedicado ao descanso e à brincadeira não deve ser uma desculpa. Segundo Joelina, podem ser feitas algumas concessões, mas, ainda assim, o tempo deve ser limitado.
“Se essa atividade se der de forma exagerada, há o risco de se criar ali um vício em celular ou em videogame que é muito difícil de ser curado antes do retorno às aulas e, claro, vai atrapalhar o rendimento escolar e o aprendizado”, lembra a psicóloga. l

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