Caso Karina

Após 7 meses, morte de jovem em Balsas ainda sem definição

A Secretaria de Segurança Pública ainda não concluiu o inquérito e não apontou os autores da morte de Karina Brito, em novembro, após uma operação policial

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Karina Brito morta há sete meses.
Karina Brito morta há sete meses. ( )

SÃO LUÍS - Sete meses após a morte da jovem Karina Brito, de 24 anos, cujo óbito foi registrado durante uma operação policial na cidade de Balsas (distante aproximadamente 800 km de São Luís), a família da vítima ainda aguarda a elucidação do caso. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não apontou os responsáveis pela morte da jovem e pelo ferimento de sua irmã Kamila Brito.

Enquanto espera por justiça, os familiares de Karina Brito tentam seguir a rotina. Apesar disso, as lembranças da noite trágica que culminou com o óbito da jovem ainda estão presentes. “Parece que foi ontem! Não consigo esquecer aquela noite”, lembrou a irmã de Karina Brito, a estudante Kamila Brito.

Kamila, que estava com a irmã no momento de sua morte, disse a O Estado que a família está indignada com a falta de informações por parte da polícia. “É a mesma história de sempre, quando questionamos: “ainda estamos apurando” ou “vamos dar respostas”. E até o momento ninguém confirma quem foi ou quais os culpados pela morte gratuita da minha irmã”, afirmou.

A irmã de Karina Brito confirmou ainda que o Governo será processado, assim que as investigações estiverem concluídas. “Não vamos realmente nos conformar com mais esta tragédia. Estamos só aguardando o fim das investigações e conclusão da polícia para acionar judicialmente o governo”, afirmou.

Outro lado
Questionada sobre o andamento das apurações, a Secretaria de Segurança Pública limitou-se a dizer apenas que “as investigações seguem em curso e que estão próximas de serem concluídas”. Em março deste ano, a polícia realizou a reprodução simulada dos fatos. Desde então, nenhuma nova informação sobre o caso foi divulgada.

Relembre
Na noite do dia 15 de dezembro do ano passado, Kamila e Karina Brito retornavam do velório de um amigo quando foram cercados por veículos não-identificados. Assustadas, as irmãs, que estavam em um veículo modelo Palio, fugiram em alta velocidade. Após alguns minutos, o veículo das irmãs foi novamente cercado. Vários tiros foram disparados contra elas. Um deles atingiu Karina Brito, que morreu antes de chegar ao hospital municipal de Balsas.

Dias após o fato, O Estado conversou com exclusividade com Kamila Brito, que contestou a versão dada como oficial, à época, pelo próprio secretário titular da SSP, Jefferson Portela. Enquanto o gestor alegou que as jovens não pararam após terem ciência de que se tratava de uma operação policial, Kamila, por sua vez, disse que os veículos estavam descaracterizados e que em nenhum momento foi feita qualquer sinalização de que era uma ação conduzida pela SSP. Ao ouvir a nova versão, o titular da SSP limitou-se a dizer que os fatos seriam elucidados a partir das investigações. l

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